19 junho 2005

AMOR (a fronteira final) ou Tudo que desce tem que subir.

A romantização desse sentimento mais poderoso que dinamite e que cria e destrói estrelas afasta seu verdadeiro poder dos olhos da humanidade. Se existe alguma nobreza no mundo, ela está no amor. Eu diria talvez que é o único sentimento livre de medos, preocupações ou qualquer efeito colateral negativo. Talvez eu não saiba o que seja amor puro, mas o amor que percebo no mundo, tenha ele o quilate que tiver, me mostra quão profundos e duradouros são os efeitos de tudo o que é construído com doses desse componente.

O amor não é conivente. Ele cria, mas ele pode destruir. O amor não tem apego. Tem amor. Fica sempre a mesma história, e o sentido dessa palavra se perdeu pelo uso excessivo. Hoje em dia muitos "eu te amo" significam "quero te comer"... infelizmente. A humanidade ridiculariza o amor, mas todo seu desespero nasce justamente da falta dele.

Acredito que a vida surge unicamente devido ao amor, que é um sentimento aonde uma coisa bonita é mais valiosa que nossa própria feiúra, e assim nos prontificamos a nos sacrificar por algo e esse algo não nos sacrifica, mas nos integra, tornando a si mesmo e a nós mais fortes. Aquele chavão da igreja que Deus é Amor acabou atrapalhando mais do que ajudando, porque essa frase, que eu acredito ser verdadeira literalmente, devia ser falada nas horas e lugares certos... e não ficarem em luminosos piscando por aí.

Afinal, porque a organização do Universo em favor de nós. Ou porque nossa existência. Bom, se estamos em sintonias diferentes neste exato momento você deve estar falando "cara, como você vai falar disso? talvez não exista nada além da vida." Se esse for o caso, digo que na verdade não importa se existe ou não algo além da vida, ou se existe um propósito para o Universo. O que realmente importa é o que fazemos com a única coisa que realmente temos, e a única coisa que realmente perdemos um dia. Nossas vidas. Assim sendo, diria que não importa a crença, mas sim o sentimento. Viver com paz no coração, ou como diria aquela música que toca no "Houve uma vez dois verões" versão Pato Fu... "Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo." Só existe o agora e o aqui, o tempo todo.

*Agora eu percebo que cada instante dura pra sempre... esse é o presente, obrigado por existir! O tempo, o momento, tudo isso é um imenso contexto, e cada gesto a ecoar infinitamente por todo o Universo. A vida é eterna enquanto é vivida. Eu e você, aqui. Não é essa a magia? Is not TV. Reality...

Menos problemas. Problemas sempre existem na terceira dimensão. Mas o poder de cura do amor é um pouco além da compreensão. Eu não entendo, mas quando sinto também sinto a cura. A cura de alguma agonia. Mas a busca pelo amor é eterna... Acho que posso sentir a brisa do que é estar em paz, mas não vi a fonte... Mas eu senti a brisa. Eu sei que a fonte de tudo existe. O que no mundo é chamado de Deus, pra mim é essa coisa que nem de perto sei o que é, mas que sinto sua brisa, que é o amor.

E esse é meu testemunho do que conheço por amor.**

* Parte da letra de NOT TV - distribuição copyleft - use it!
** Se queremos um testemunho de amor temos que falar de Jesus Cristo. O cara mandou muito bem. Guerreiro da paz, Jedi. Sua história diz tudo. Se ela foi distocida ou não, o que importa é que o "conheça a si mesmo" e o "amai ao próximo como a si mesmo" (que no caso de Jesus, devido ao seu grande coração, também falava do afastado) chegaram até hoje em todo o planeta.
*** Não sou religioso, político, nem nada, cerrrto mano? Vivo pela diversão (como as palavras são limitadas, não? diversão soa tão imbecil mas é essa a palavra)

Um comentário:

Anônimo disse...

Você está bem, doce menino?
Espero que sim. Saudades.
Peguei o "Zaratustra" pra ler. Começarei amanhã. ;-)
Boa semana pra você. Se cuida.
Beijocas.