18 janeiro 2007

A Cada Dia Basta a Si Mesmo


Como diria o Renato Russo, "os assassinos estão livres, nós não estamos..."

Estamos tão condicionados a termos, que acumulamos mais do que precisamos com medo que falte. E somente essa pode ser a causa que falte para alguns mesmo, pois se quem pode acumular o que cem, mil, um milhão poderiam utilizar, então pode ser que cem, mil ou um milhão fiquem sem. E o outro lá, com tudo acumulado, parado.

Só pode ser paranóia. Mas não há liberdade no acúmulo. Temos medo de perder nossos empregos, temos medo de ficar sem dinheiro. Temos medo, medo e medo. E digo isso porque esse pensamento e sentimento tem vindo tão forte ultimamente. Nossos sonhos aonde estão? Nossa vida aonde está? Temos 16 anos, de repente 20, 30 ... 50 e quando vemos estamos no fim de nossas vidas. Isso deve ser uma experiência maravilhosa para aqueles que fizeram da vida algo que gostavam, mesmo que fossem coisas simples. Mas para o pessoal do acúmulo indiscriminado, que triste fim ver todos seus pertences sobreviverem a si mesmo, durarem mais do que esta efêmera existência terrena...

Eu queria ser livre, como um golfinho, como um passarinho, eu queria ter coragem pra deixar o passado desgrudar um pouco de mim e abrir as janelas para o futuro... para poder trazer pra perto algo que seja mais importante, que tenha maior afinidade com este momento, e com os vindouros. Eu queria desapegar mais, não pra perder tudo, mas pra poder deixar as coisas que não servem mais irem embora. Eu queria tanto saber ser livre!