27 maio 2005

São nossos maninhos...
e estão com fome...
Mas passa...
ainda bem que nosso dia também chega!!
E que existem guerreiros dignos pelo mundo.
Estão invisíveis, dia a dia, mas estão por aí...
não são muitos, mas valem por milhares...
olha a imagem por 20 segundos...

25 maio 2005

Algumas mudanças de padrões só ocorrem com alterações do comportamento coletivo. A internet existe porque as pessoas precisaram dela. Assim, havendo uma pequena repriorização de valores, coisa tratada internamente sem muito esforço ou fadiga, a mudança coletiva é muito, mas muito grande.
Os meios de comunicação, que teriam poder quase que instantâneo de conscientização, obviamente vêem na mente livre (que não é pra mim o mesmo que liberdade de pensamento) um grande perigo. Um grande perigo, é claro, pelas suas diversas frentes de atuação. Um perigo pois representa mudança, e para quem tem poder e dinheiro mudança normalmente significa perder o que tanto se tem apego.
Mas a resistência continua, dia a dia, um a um. Catando milho, trocando frases, uma galera, mas uma galera mesmo caminha junto. Isso a mídia não mostra. Isso só tem acesso quem eleva a si próprio ao cargo de auxiliar, mesmo que esporádico, da natureza, de Deus, do mundo... ajudando a reverter instantaneamente algo que poderia perdurar por muito tempo.

A inteligência tem disso. Ela destrói milhões de anos de criação todos os dias, mas também poderia na mesma velocidade parar, respirar e voltar a florescer em conjunto com o planeta. Planeta este que provavelmente é um ser vivo também, com delicado equilíbrio orgânico que não vem sendo respeitado.
O que importa nisso tudo? Geeente, é tanta gente, mas tanta gente que não está aberta a sugestões e que tem que observar um exemplo vivo antes de entender. Entender que a vida é mais que todo mundo se matando de produzir e consumir. Entender que nós somos mais do que cidadãos e consumidores, que nós somos seres VIVOS! :)

Mas o processo interno gera sofrimento também, claro. São mudanças de hábitos antigos, novos riscos. Novos ares. E muitos cortes, muitas pressões, lentamente lapidam a pedra filosofal do coração para um estado mais duro e puro, mais organizado, mais unido, mais diamante.
Mas, sofrer, todo mundo sofre mesmo! Que seja então por algo que reduzirá o sofrimento futuro, e não um ciclo de sofrimentos aleatórios desencadeados não pelo mundo, mas pelos apegos que nós mesmos temos.

E por fim uma nova premissa que vou testar diariamente até que se torne meio que rotina, se não falhar. É o efeito inverso da cidade grande, que deixa a mente atiçada, estricnada e cheia de atributos. Acredito que a execução das tarefas em um tempo menor apenas mostra mais rápido a necessidade de novas tarefas. Assim sendo, ao invés de lutarmos para fazer cada vez mais coisas em um dia, deveríamos fazer o contrário, e cortar pela metade o que fazemos! Só deixaríamos as coisas mais importantes e provavelmente faríamos de coração.

I am trying... and believe, I think it is true.

20 maio 2005

Solidão


Tudo pode se passar em uma cidade, em uma ilha, em qualquer lugar que tenha vida. Estamos num planeta vivo. Vida é o que não falta.
Mas o que é a vida? Apenas existir como as bactérias é vida? Biologicamente, sim. Mas a humanidade descobriu outro sentido na sua vida. Ou melhor, alguns descobriram um sentido na vida, outros acham que não há o menor sentido em se viver.

Nos lugares com mais pessoas as coisas tendem a acontecer mais rapidamente. As experiências estão, hoje em dia, virtualmente distantes, mas a possibilidade é imediata. Desde é claro que se tenha o dinheiro. Não vamos ainda entrar no mérito de que esta invenção que veio para ajudar vai acabar sendo a própria destruição da humanidade. Não, isso não vem ao caso agora.

Um exemplo do poder de materialização do dinheiro: se você tem carro. Você pode ir a uma loja de automóveis e sair com dinheiro na mão. Ir até o aeroporto e dormir em Paris. E isso fascina muito as pessoas. Algumas chegam a ficar cegas para a vida por amor demasiado ao dinheiro, mas também não entraremos neste mérito.

E as pessoas muitas vezes fazem isso e têm suas vidas sem sentido por estarem sozinhas. Mas não sozinhas como se não tivesse ninguém em volta. É pior, porque é como viver sozinho consigo mesmo, mesmo quando tem muita gente em volta. Algumas pessoas não podem contar com ninguém nas horas de dificuldade. E isso também faz elas quererem ter dinheiro para nunca serem humilhadas.

Algo no coração diz que a vontade de viver tem que ser uma escolha individual, e que só depois da escolha é que as coisas começam a acontecer. Algo estranho, mas que tem dado certo comigo. Os encontros que temos nas nossas vidas são determinantes, mas temos que estar dispostos a vive-los. Enquanto desviamos de todas as pessoas na vida, continuamos sozinhos.

Mesmo que morássemos em São Paulo.

Não faz muito tempo que descobri isso... Mas as pessoas mais inesperadas nos momentos inesperados são como oráculos que dão respostas claras a perguntas misteriosas, e deixam nossa mente calada por alguns segundos.E foi quando parei de me sentir sozinho comigo mesmo que comecei a gostar de ficar junto dos outros. Mas tudo tem um limite, claro. Eu não seria louco de me mudar pra São Paulo, isso não. Daí é gente demais. E eu tenho pavor de fila.