30 abril 2009

Serenidade



“Uma das qualidades de uma mente serena é que ela não pensa muito. Isto porque ela é uma mente inocente. Ela pensa apenas o quanto for necessário. Uma mente serena pensará assim: OK, eu já pensei sobre isso então porque eu deveria pensar mais sobre isso? O silêncio dentro da serenidade é muito
poderoso. Ele cria espaço para honestidade. A verdade é muito simples.”

Mohini Panjabi, Serenity, Purity, November, 2001


Vamos fechar as janelas da nossa mente que não precisamos usar.
Computador com muito programa aberto fica lento e não funciona.

24 abril 2009

A Morte



A morte,
o fim (ou o começo, com sorte)
que tanto aflige até o grande (de porte)
e nos mostra quem realmente é forte.

Mas no mundo de cansaço e confusão,
à princípio sem saída ou solução,
a morte é nossa salvação,
um descanso da desolação...

Veni, Vidi, Morri

23 abril 2009

In Dividuo Em Divisão



Indivíduo, o indivisível, virou In Dividuo, o em divisão.

O homem, em sua luta pelo progresso, primeiro saiu da sua união com a Natureza e com o Universo.

Em seguida, rompeu com sua própria espécie, declarando inimigos entre os seus, e lutando contra seus próprios irmãos, no sentido biológico até.


Obviamente nunca encontrando paz em sua jornada, continuou buscando a paz pelo mundo. Em mais terras, em terras mais bonitas, em mais comida, em comida mais gostosa, em mais sexo, em sexo mais vazio, e em nada disso conseguiu encontrar paz maior do que o próprio tempo que se leva para "saborear" tais prazeres...

E continuou a peregrinar pelo mundo, criando seus filhos em sua própria mentalidade de dominar tudo: de que é Seu, do Homem, por direito, possuir a natureza. Mentira das mais óbvias e evidentes, já que a Natureza destrói quantos homens quiser. E o homem ao destruir a natureza destrói a si junto. Não tem como competir. Nós dependemos dela. Ela não depende de nós.

E caminhando pelo mundo ensinou a seus filhos que o mundo era deles. E ensinando a seus filhos, esses ensinaram aos seus, e assim, depois de tantas gerações, existiam muitas e muitas famílias que acreditavam que o mundo era seu. E desse seu mundo fizeram o que quiseram, e cá estamos.

Hoje nada muda. Vivemos entristecidos e deprimidos em uma sociedade que é uma máquina, máquina essa que nós mesmos construímos sem a preocupação de ajustá-la de acordo com regras justas e Universais, como o equilíbrio.

E a máquina agora funciona por si só, sugando almas e mentes para seu funcionamento, fazendo crer que esse trabalho resolve o problema. E resolve: resolve UM problema daquele que está trabalhando, que é $$. Mas nesse sistema, pensemos: se todos vivemos em um mundo único, e estamos todos juntos, poderíamos fazer com que tudo ficasse melhor uns pros outros, em coisas simples, em menos posses, em menos ganância. O que vemos apesar disso é o inverso: um ser que se degenera cada vez mais em seu poder sobre o meio.



Tirando petróleo contamina a água,
mas o óleo vale ouro.

Eu mesmo me vejo tão imerso em coisas que criei pra mim que pouco tempo tenho pra ver o mundo sem olhos presos, sem olhos turvos. Mas quando vejo me assusto de minha própria cegueira. Me assusto com meu mal, com minha ignorância, com minha espectativa de Poder e Ser que nada mais é que mais uma construção humana decaindo.

E agora, depois de tanto tempo acreditando na divisão, o homem chega na barreira final: mantando a si mesmo aos milhares, o mais triste nível atingido de divisão: a divisão de si mesmo. Suicídio, guerras, síndrome bipolar de humor (maníaco-depressão), risadas demasiadas vazias com um coração triste e só... Parece que o próprio homem agora crê que sua salvação está na própria destruição de sua espécie.

E chegando aqui, só temos uma saída, e ela não fica pra frente, nem pra trás, nem pra esquerda, nem pra direita, pois criamos um beco sem saída alguma.

A saída fica pra cima, em outro modelo, em outra realidade, em outro nível existencial, de consciência, de vida e de tudo.

Pouco tempo nos resta,
pouca vida nos resta,
no meio de muitos bens,
poucas benesses...

18 abril 2009

As Vezes só Vemos o Que Querem Que Vejamos

Este não é um post sobre mágica.
É um post sobre como nossa mente é enganada facilmente...
especialmente devido a nossas categorizações de cada coisa e padrão de pensamento sobre o que queremos ver...

só vemos o que queremos ver mesmo!

15 abril 2009

tanta gente sofrendo,
sem comida,
sem saúde,
ou sem casa,

e eu reclamando da vida! (ou melhor, de estarmos vivos sem saber)
tem gente que primeiro tem que sobreviver pra poder pensar....

A VIDA



Revolta! Puta que pariu estamos vivos!

E de vez em quando em algum final de semana a gente tira a roupa elegante e coloca um jeans velho, pra fazer um barulho e tirar as máscaras... quem sabe o som todo faz com que nossos pensamentos fiquem com um volume mais baixo na nossa mente?

Será que a gente pode recuperar a esperança no mundo e nas pessoas mesmo depois de encarar duas horas de trânsito todo dia? Teremos energia pra viver?

No que tornamos a realiade? Acordar? Todo mundo junto sair, ir trabalhar, almoçar todo mundo no mesmo horário, voltar todo mundo ao mesmo tempo pra casa, pra dormir, acordar...

E aí de vez em quando a gente acorda, percebe que a gente tava fazendo isso de trabalhar pra ter uma graninha pra passear, comprar umas cervejas de vez em quando e pagar a comida das crianças e do cachorro, colocar uma gasosa no tanque pra sair e pronto... Mas hoje a gente faz isso pra pagar as contas e trabalhar mais pra comprar mais coisa.

E as coisas da mente de cada um ficam no sótão das relações sociais.
Não se fala, não se menciona, os erros, o lado escuro, oculto, a mente, os pensamentos secretos... Nada existe do lado de cá do véu, aonde compramos.

No lado de cá do véu, aonde compramos e comemos e vivemos grande parte do tempo, parece que a vida é isso mesmo. Parece que somos só isso. Parece que temos mais é que "aproveitar a vida" mesmo...

aproveitar a vida... que é isso?

Que sabe o que quer pra si? E quem sabe ser feliz?

Quanto tempo teremos que fingir ser sérios e esquecemos que somos REAIS?
Quanto tempo esqueceremos de nós mesmos, do nosso poder como seres humanos, como co-criadores da realidade?
Quanto tempo faremos as coisas como se tivéssemos vindo dos macacos mesmo?

Só falta juntar a mente com o coração,
num sábado à tarde,
com as pessoas que a gente gosta,
e um violão...

09 abril 2009

A Verdade Está Lá Dentro

coracao desenhado na areia

No meio do fervo do São Paulo e Corínthians passando no jornal na TV, ouvi da carta que o São Paulo (que ficou cego por uns dias e teve uma revelação divina) escreveu para os Coríntios (que eu não sei se eles jogavam bola também) e que diz mais ou menos assim:

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, porém o maior destes é o amor”.

E o Renato Russo escreveu a música Monte Castelo, porque essa parte da Bíblia fala umas coisas mais importantes, baseadas totalmente no fato de que aprender a amar é mais importante ou mais urgente do que qualquer outra coisa no mundo.

E essa parte fala também que vemos hoje uma parte, mas no perfeito vemos a face.

E é isso mesmo que falta,
e o texto, todo destruído do tempo,
reescrito traduzido e reimpresso em centenas de idiomas,
continua mais atual que nunca.
Sempre.

Paz de Espírito Não Tem Preço.

Apodrecendo por Dentro



Triste constatar tanto sofrimento,
gente trabalhando que nem robô,
sendo tratato como cachorro velho,
sem apoio, saúde, dinheiro ou mesmo alguém pra ouvir.

Tratar como querem ser tratados, amar como querem ser amados. Pouco sabem o tanto que falam, e as palavras todas já estão tão desgastadas que parecem não ter mais efeito, exceto o da massificação e da bruxaria de palavras da mídia e das propagandas.

Gente ignorante e mal educada no trânsito.
Gente burra e estúpida nos tratamentos.

E não é por maldade.
É por inconsciência.

Tem quem nem lembre que está vivo, de tanta coisa que quer deixar no mundo e tirar dele.

Mas sei lá,
só tenho a dizer,
que isso não serve pra ter paz não.

E a paz de espírito não tem preço que pague.

05 abril 2009

8x5

Um dia de oito horas de trabalho,
e uma semana com cinco desses,
mais algum projeto de vida,
e nos sobram os finais de semana...

A humanidade tem tudo,
mas não tem nada...