16 dezembro 2010

In Finito



Pois é,
estamos no mundo sem manual de instruções...
chegamos como uma célula e saímos daqui deixando todas...

E a vida, vista de dentro, do dia a dia, é uma eternidade de dias de trabalho, de luta, de pensamentos, de conhecimento de nós mesmos.
E a vida, vista de fora, é um instante e nada mais, fugaz como uma chuva intensa, que cai levando tudo o que vem pela frente e depois se vai, deixando lugar pro sol.

e nesse breve momento em que existimos, difícil conseguirmos manter nossa mente em tal distância focal, a ponto de percebermos nossa vida toda em um pensamento.

Difícil vermos que esse instante no infinito, que essa partícula de tempo existencial do Universo, nada de grande demais faremos, nada pequeno demais faremos.

Todo o lixo que produzimos (exceto o nuclear) é feito dos mesmos átomos de sempre, que estiveram no planeta desde a sua criação (ou foram trazidos por algum corpo celeste, cometa, meteoro), e estarão depois que formos. Os lixões serão para o mundo de daqui dez mil anos ricos depósitos de materiais diversos, verdadeiras minas.

O verdadeiro mundo que vivemos é o mental. É daquele ser que pensa dentro da nossa cabeça, mas que no fundo não está lá. Somos nós, o que pensamos e sentimos. São nossas alegrias e aflições.

As próprias coisas que criamos se tornam um elemento hipnotizador e nos fazem cair em uma espiral (espirais não são hipnóticas?) de necessidade -> consumo -> trabalho para pagar -> mais necessidades -> mais consumo -> mais trabalho... e onde quem realmente enriquece e se aproveita desse mecanismo são, obviamente, os muito poderosos, os muito ricos.

As desigualdades fazem com que o desemprego gigante se torne nada mais do que uma reserva de mercado para as empresas poderem sempre ter mão de obra mais barata (NÓS!)
E nós, por nossa vez, compramos produtos baratos feitos na China por pessoas muito mais exploradas que nós, para enriquecer um empresário que pouco liga para o mundo, poluindo tudo a ponto de rios que ficam perto de fábricas de calças Jeans mudarem de cor todos os dias, dependendo da produção em vigor...

Nossos semelhantes se tornam muitas vezes, quando situados dentro desse transe, em mais uma criatura exploradora, sanguessuga, vampira de energia. Em seu objetivo cego de conseguir mais e mais e mais, se impõe acima dos outros e às vezes de tudo, do planeta e do ar, da água e da terra.

Tendo medo de perder o que tem, consegue mais, e assim fica com mais medo ainda de perder o que conseguiu. Os pensamentos, a vontade de ser feliz e livre acima de tudo, ainda precisa entrar pela mente aberta até o coração para despertar nos sofredores que exigem um mundo mais justo e humano para que possamos realmente aproveitar tantas belezas, apresentadas gratuitamente pelo mundo para nós.

E isso não virá antes de uma ruptura interna (pois externamente teremos que nos segurar nesse sistema cambaleante até que tenhamos uma alternativa melhor) nos liberte de queremos ser alguém dentro de tal circo. Precisamos mais que tudo desejarmos alegria em estar vivo, e enquanto houver tanto sofrimento e desigualdade, mesmo com as maiores defesas, algo de ruim sobrará.

A mente livre deve começar a rir, a rir dos estúpidos que estão com o poder e dele não fazem mais do que joguete particular. Rir dos que enriquecem achando que serão felizes, pois frequentemente com o dinheiro vem a traição, a inveja, a morte. A rir dos que acham que são melhores que os outros, de cegos e ignorantes de suas absurdas limitações humanas. A rir da nossa vida, tão aflita por tão pouco. A rir de tanto desespero gerado por egoísmo. Rir das políticas dos países poderosos, que proíbem qualquer um de se tornar poderoso, usando para isso todos os meios ilícitos, ocultos e manipulados inclusive de roubo e invasão, e que tem arsenais nucleares gigantescos, "protegendo o mundo dos terroristas", que no fundo, são eles mesmos, só que do outro time.

E assim, quando caímos na real do que realmente somos, um ponto focal de consciência, com grande chance de que seja imortal e eterno, passando por experiências físicas em um ambiente inburlável, as coisas ficam mais simples: precisamos mais do que tudo sermos fiéis a nós mesmos e a nossa natureza, pois a planta só cresce no ambiente que lhe agrada, morrendo lentamente quando tem para si uma vida diferente de sua natureza.

Louvados os livres de pensamento,
os subverterdores, críticos, malucos,
os éticos, sérios e verdadeiros.

O mundo é dos livres. Como já diziam os Mutantes, mais louco é quem me diz que não é feliz...

(não é feliz!)

08 dezembro 2010

Liberdade



O hipócrita país do norte, que tanto prega a liberdade em seus discursos patrióticos, pouco caso faz para a mesma. O que querem é somente a liberdade de consumo, a liberdade pra quem tem dinheiro.

O governo estadunidense está em uma de suas campanhas mais arriscadas, colocando um dos maiores ícones atuais do Underground libertador, o criador do Wikileaks, Jullian Assange, procurado pela interpol como número 2 do mundo no FBI (atrás somente do Osama Bin Laden) devido a acusação de ESTUPRO.

Um estuprador perigosíssimo devemos supor.
E também que as duas "moças" que o acusam consentiram com o ato, e estão agora dizendo que ele não usou camisinha e não avisou elas....

O procurado número 2 do FBI. Em uma manobra clara para calar a boca dos que lutam contra a injustiça (a JUSTIÇA dos poderosos TEM DOIS PESOS, um leve para os aliados e um severo e pesado para os páreas. a JUSTIÇA verdadeira tem um ÚNICO PESO igual a todos.)



Cansado de ver todas as manobras hipnóticas que os meios de comunicação realizam, sugerindo minuto a minuto, dia após dia, semana após semana e mês após mês a mesma coisa: CONSUMA, TRABALHE e CONSUMA. Além, claro, de imputar um pouco de medo e tristeza nas pessoas, para ficarem mais fragilizadas e amedrontadas, tornando-as vítimas mais suscetíveis às manobras de massa.

Então, mesmo quem tem olhos pra ver e tudo está acontecendo às claras, não está vendo. Estamos passando por um momento muito crítico na humanidade: aonde a partir de agora, teremos que escolher em que lado estamos. Do lado da Verdade, da Justiça e da Liberdade, que exigem um grande salto quântico na qualidade da humanidade em geral, ou o mundo manipulado, dominado por elites bilionárias e suas agendas.

A hora do esclarecimento das massas chegou.
Somente ficará às escuras aquele que desejar.

Quem tiver força e coragem para se libertar de suas amarras mentais estará frente a frente com o momento mais importante e perigoso até agora da história da humanidade:
o limite aonde as massas não podem mais ser manipuladas ao bel prazer, exceto com seu próprio consentimento (que tem acontecido, tendo em vista que a vida guiada é mais fácil). Tanto poder com tão pouca clareza, trazendo a humanidade à beira de um grande conflito global, alimentado dia a dia pelo ódio e pelas invasões infundadas, pelas mentiras, pela opressão. Mostrando sua verdadeira cara, fazem tudo às escondidas.

WIKI LEAKS, SYSTEM SUCKS. (A NOVA ORDEM MUNDIAL É UMA ILUSÃO)

30 novembro 2010

Pois é,
depois de ouvir a sabedoria da senhora que limpa aqui em casa, aderi ao sabão em pedra. é muito melhor que detergente mesmo. mais natural, e não consome uma garrafinha pet!

Pense nisso!


RETIRADO DE: http://niqueneime.wordpress.com/2009/06/24/sabao-vs-detergente/
ESCRITO POR: BLINQUE

Cacete, pq vc usa detergente liquido pra tudo?


vc ja pensou como o detergente destroi tudo?? Cara, eh quase uma “anti-matéria”, arminha de raio laser ! iuaehiuehea
esse veneno derrete quase tudo, pura magia negra! rs

e vc despejando 1 tubo por semana dessa merda pelo ralo…

(nao que eu esteja preocupado com o “meio ambiente”, mas talvez vc possa estar… auehiaeheia )

ja parou pra pensar como o sabao em pedra eh mto, mas mto mais “natural”? Ou, no minimo, de uso mais racional da água…
…despejo de subprodutos menos toxicos…

se vc vai lavar apenas copos, talheres e pratos, use sabao em barra!

guarde o detergente pra lavar panelas mto engorduradas…

ahhh, mas vc eh como eu, que nao ta nem aih pro que eh “ecologicamente correto”?
Certo, vc eh dos meus!!! =)

mas veja bem… o detergente nao sai tao facilmente dos copos, pratos, etc…
em outras palavras: vc esta bebendo detergente!

vc ta consumindo boa parte desse liquido bizarro que inventaram que ajuda a dissolver praticamente tudo que eh gordura…

nao sei se tu sabe, mas tuas células tem uma camada (que isso tem a ver?)… e boa parte da camada, eh feita de gordura… detergente dissolve células….

O detergente apavora com mtos tecidos! (meus nao, pq eu uso sabao :P )
umas decadas atras um grupo chegou a defender que detergente era cancerigeno e que tb detonava a pele…
mas acho que o lobby das companhias de limpeza silenciaram essas proto-ongs…
mas eh fato que pode provocar eczemas, alergias, inclusive respiratórias…

iauehiueheahiaieuh

e eu nem to comparando o que eh necessario para fazer um detergente X para fazer um sabao…
sao muitos os componentes para se fazer detergentes… inclusive derivados de petroleo…
mesmo os que nao sao, deixam subprodutos pessimos …

ahhh, sem contar que o detergente eh embalado em PET… vc joga varios desses no lixo sem ninguem reciclar, pode ter certeza.
Acho que o povo do Nilo ganha facil nessa!
(reza a lenda que egipcios se lavavam com oleos e cinza na beira do rio…)



Bom, eu prefiro tanto sabao que ateh lavo tomate e maçã com sabao em pedra…

… mas cuidado!! existe sabão com detergente na formula…
claro, as fabricas sao espertas… “vc gosta de sabao? o nosso mega-brilho lava melhor!”… eles embutem detergente em algumas marcas…
Malditos!

só uma dica pra quem for lavar louça com sabão, mas esta acostumado com o power-detergente:
as vezes a esponja fica mto engordurada e parece que o sabão nao está dando conta…
eh só lavar a propria esponja com o sabão e repetir… pronto o sabão começa a funcionar de novo como mágica ;)

ahhh, e pq nao fazer sabão caseiro???

isso em um próximo post ;)

:)


RETIRADO DE: http://niqueneime.wordpress.com/2009/06/24/sabao-vs-detergente/
ESCRITO POR: BLINQUE

16 outubro 2010

Saindo do Fundo do Poço



Coincidências existem ou não?
Seja qual for a opinião, eu particularmente não creio mais nelas...

E 33 foram os mineiros, resgatados...
como disse naquele site aquele moço...

"Como uma mensagem, que um por um podemos todos sair do fundo do poço..."
não foi essa a mensagem que o moço que morreu com 33 anos, minha idade de hoje, deixou pra nós?

um por um,
com todo cuidado do mundo com todo mundo...

vida foda,
realidade cruel,
mas temos nossa inteligência e nosso coração,
e nada mais pode fazer a diferença.

Somente nós mesmos,
uns com os outros,
nos resgatando...

Se não ficaremos todos presos juntos no fundo da mina...

Redenção



Pois é, a tanto tempo não escrevo...
Tudo muda, como já diria o Elastica naquela linda música... "Nothing Stays the Same"...

e do dia 2 pro dia 3 de outubro, meu teste de desapego...
Minha gatinha "Remelinha", de quatro anos (parecia um bebê de tão pequena que era) se mandou daqui de casa (porque ficou trancada pra fora e não quis saber de maus tratos, tadinha dela era inocente) e deixou um puta vazio no lugar... (se vc achar essa gatinha, me devolve ela por favor??)



Se eu fico falando de desapego, minha vida me prega essa peça...
me leva a gatinha que a 4 anos atrás achei na rua, abandonada lá em Santa Felicidade miando sem parar... e depois de ser rejeitada duas vezes, ficou comigo mesmo, sabe como é... quatro anos depois, dia a dia comigo, se foi.

O desapego é cruel...

Mas o post que eu queria dizer era outro...
mas acho que vai se chamar outra coisa...

tipo Saindo do Fundo do Poço

21 setembro 2010

Eterno Retorno



O nosso planetinha azul, cenário de tantas aflições. A manifestação da vida e sua evolução se desdobram diante dos olhos incrédulos com o milagre eterno e infinito do Universo indefinidamente em toda sua imensidão. Nossos sentidos e olhos turvos pela escuridão dos fantasmas de nossa própria espécie, perdida sem rumo em seu próprio cais.

A necessidade urgente de interação e realização humanas nascem de um paradoxo evolutivo, no qual a média das consciências determina um padrão de qualidade de vida, e aonde o mais evoluído só consegue ir adiante se melhorar os atrasados, e aonde o conjunto holográfico de seres é extremamente interdependente uns dos outros, senão em muitas dimensões entre as quais pensamentos e sentimentos estão inclusos em níveis desconhecidos, ao menos em nossa dimensão visível.

E se a inteligência e a intuição que animam esse texto em dimensão intocável à matéria se encontra, não o é intocável aos pensamentos e ações. Cuidemos, pois, do primeiro mecanismo mental que temos: o pensamento; livrando-o das armadilhas do consumo, do orgulho, do egoísmo.

"O homem que tivesse vivido sempre sobriamente, que não tivesse abusado de nada, que tivesse sido sempre simples em seus gostos, modesto em seus desejos, se pouparia de muitas tribulações."

Aquele que erra mais deve perdoar. A tolerância é espaço criado entre os seres, de segurança e depreocupação, desde que sempre com respeito. A perfeição é o destino da compreensão de que a criação do espírito é o maior segredo do Universo, e que esse segredo habita em cada um de nós, trazendo uma parcela dessa eternidade e infinitude às nossas vistas. Temos como nosso motor o próprio segredo da criação.

Se por alguma razão cansamos de obter e aceitamos mais também servir, a experiência vivida centuplica seus ramos, acrescentando à nossa mente impressões e experiências alheias, bem eterno do coração de outrem.

E somente com total valorização, compreensão, respeito e evolução é que poderemos realizar nosso potencial mais importante: o de ser feliz e livre, com a coragem que vem da paz!

14 maio 2010

Comportamento

O Comportamento Assertivo (retirado do blog http://www.umtoquedemotivacao.com )

Se você passa pela vida cheio de inibições, cedendo à vontade alheia, guardando seus desejos dentro de si, ou, ao contrário, destruindo os outros a fim de atingir seus próprios objetivos seu sentimento de autovalor estará baixo. Nosso sistema de vida ocidental muitas vezes cultiva maneiras conflitivas de comportamento em várias áreas de relacionamento interpessoal, havendo uma nítida contradição entre comportamentos “recomendados” e comportamentos “reforçados”. As instituições da sociedade têm ensinado com tanto empenho a inibir a expressão dos direitos razoáveis de uma pessoa que esta pode se sentir culpada por haver se afirmado.

Cada pessoa tem o direito de ser e de expressar a si mesma, e sentir-se bem (sem culpas) por fazer isso, desde que não fira seus semelhantes no processo. O comportamento que torna a pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento, ou a exercitar seus próprios direitos sem negar os alheios, é denominado de comportamento assertivo.

A pessoa não-assertiva tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou. A pessoa agressiva pode responder muito vigorosamente, causando uma forte impressão negativa e mais tarde arrepender-se disso. É nosso propósito neste texto, orienta-lo para que obtenha um repertório de comportamento assertivo mais adequado para que escolha respostas apropriadas e satisfatórias em várias situações.

Pesquisas demonstraram que o aprendizado de respostas assertivas inibirá ou enfraquecerá a ansiedade previamente experimentada em relações interpessoais específicas. Quando a pessoa se torna capaz de afirmar-se e fazer coisas por iniciativa própria, ela reduz apreciavelmente sua ansiedade ou tensão anteriores em situações críticas e aumenta seu senso de valor como pessoa. Este mesmo senso de valor está geralmente ausente na pessoa agressiva, cuja agressividade pode mascarar sentimentos de culpa e de insegurança. Desta forma, podemos caracterizar três tipos de comportamento interpessoal:


O EMISSOR

NÃO-ASSERTIVO
- Nega a si próprio
- Fica inibido
- Permite que outros escolham
- Não atinge os objetivos
- Fica magoado e ansioso

ASSERTIVO
- Valoriza-se
- Expressa-se
- Escolhe por si para ele mesmo
- Atinge os objetivos desejados
- Sente-se bem consigo mesmo

AGRESSIVO
- Valoriza-se às custas dos dos outros
- Expressa-se
- Escolhe para os outros
- Pode atingir os objetivos ferindo os outros
- Deprecia os outros





O RECEPTOR

NÃO-ASSERTIVO
- Sente culpa ou raiva
- Sente-se ferido, humilhado e na defensiva
- Não atinge os objetivos desejados

ASSERTIVO
- Valoriza-se
- Expressa-se
- Pode atingir os objetivos desejados

AGRESSIVO
- Repudia-se
- Deprecia o emissor
- Atinge os objetivos às custas do emissor

O comportamento agressivo resulta comumente num “rebaixar” o receptor. Seus direitos foram negados e ele se sente ferido, humilhado e na defensiva. Embora a pessoa agressiva possa atingir seus objetivos, ela pode também gerar ódio e frustração que poderá receber mais tarde como vingança.

Por outro lado, um comportamento assertivo apropriado na mesma situação aumentaria a auto-apreciação do emissor e uma expressão honesta de seus sentimentos. Geralmente ele atingirá seus objetivos, tendo escolhido por si mesmo como agir. Um sentimento positivo a respeito de si mesmo acompanha uma resposta assertiva.

Do mesmo modo, quando as consequências destes três comportamentos contrastantes são vistas da perspectiva de uma pessoa “sobre a qual” eles são emitidos (ou seja, o indivíduo ao qual o comportamento é dirigido), surge um padrão paralelo. O comportamento não-assertivo produz freqüentemente sentimentos que vão de simpatia a um franco desprezo pelo emissor. Também a pessoa que recebe a ação (receptor) pode sentir culpa ou raiva ao atingir seus próprios objetivos às custas do emissor. Pelo contrário, uma transação envolvendo asserção aumenta os sentimentos de autovalorização e permite expressão total de si mesmo. Além disso, enquanto o emissor atinge seus objetivos, os objetivos do indivíduo ao qual o comportamento é dirigido também podem ser atingidos.

Em suma, é claro então que no comportamento não-assertivo o emissor se prejudica pela própria autodesvalorização; e no comportamento agressivo o receptor é prejudicado. No caso da asserção, nenhuma pessoa é prejudicada e, a menos que os objetivos desejados sejam totalmente conflitantes, ambos podem sair-se bem.

EXEMPLOS DE CASOS



“Jantando Fora”

O Sr. e a Sra.A estão num restaurante de preços moderados. O Sr.A pediu um bife especial, mas quando foi servido percebeu que estava muito bem passado, ao contrário do que ele havia pedido. Seu comportamento é:

Não-Assertivo:

O Sr.A resmunga para a mulher a respeito do bife “queimado” e diz que não volta mais neste restaurante. Ele não diz nada ao garçom e responde “tudo legal” à sua pergunta “está tudo bem?”. A sua noite e seu jantar são altamente insatisfatórios e ele se sente culpado por não ter tomado uma atitude. A auto-estima do Sr.A e a admiração da Sra.A por ele são diminuídas pela experiência.

Agressivo:

O Sr. A chama o garçom à mesa e é injusto e grosseiro com ele por não ter atendido bem. A sua atitude ridiculariza o garçom e constrange a Sra.A. Ele pede e recebe outro bife mais de acordo com o que queria. Ele se sente controlando a situação, mas o embaraço da Sra.A cria atrito entre eles e estraga a noite. O garçom fica humilhado, zangado e sem jeito o resto da noite.

Assertivo:

O Sr.A chama o garçom à sua mesa, lembra-lhe que pediu um bife especial, mostra-lhe o bife bem passado, pede-lhe educada mas firmemente que o troque por um mal passado como ele havia pedido. O garçom pede desculpa pelo erro e rapidamente o atende. O casal aprecia o jantar e o Sr.A se sente satisfeito consigo mesmo. O garçom se sente feliz com o freguês satisfeito e o serviço adequado.



“Emprestando Alguma Coisa”

Helen é uma universitária atraente e excelente estudante, amada pelos professores e colegas. Ela mora numa república com seis moças, dividindo seu quarto com duas. Todas as moças namoram regularmente. Uma noite, enquanto as colegas de quarto de Helen se preparavam para encontrar os namorados (Helen planeja uma noite tranqüila elaborando um trabalho escolar), Maria diz que vai sair com um cara muito legal e espera dar uma boa impressão. Ela pergunta a Helen se pode usar um colar novo que Helen acabou de ganhar de seu irmão. Helen e seu irmão são muito amigos e o colar significa muito para ela. Sua resposta é:

Não-Assertiva:

Ela “engole em seco” seu medo do colar ser perdido ou danificado, e seu sentimento de que seu significado especial o tornava muito importante para ser emprestado e diz:”Claro”.

Ela se desvaloriza, reforça Maria por fazer um pedido excessivo e se preocupa toda a noite (o que traz pouca contribuição para o trabalho escolar).

Agressiva:

Helen mostra indignação pelo pedido da amiga, diz-lhe “absolutamente não” e começa a censurá-la severamente por atrever-se a fazer uma pergunta “tão cretina”. Ela humilha Maria e faz um papel ridículo. Mais tarde se sente incomodada e com sentimento de culpa, o que interfere no seu estudo. Maria se sente ferida e estes sentimentos manifestam-se mais tarde, estragando seu encontro, pois não cosegue se divertir, o que intriga e desencoraja o rapaz. Daí em diante o relacionamento de Helen com Maria passa a ser bastante tenso.

Assertiva:

Ela fala do significado do colar e, gentil mas firmamente, diz que aquele pedido não pode ser atendido, pois a jóia é muito pessoal. Mais tarde ela se sente bem por ter sido sincera consigo mesma e Maria, reconhecendo a validade da resposta de Helen, faz grande sucesso com o rapaz, sendo também mais honesta e franca com ele.



“Fumando Maconha”

Pam é uma aluna do terceiro colegial, muito simpática, que tem se encontrado com um rapaz muito atraente do qual tem gostado muito. Numa noite ele a convida a participar de um bate-papo com outros dois casais, ambos casados.

Quando todos se reuniram na festa, Pam sentiu-se muito bem e gostou muito. Depois de uma hora mais ou menos, um dos homens casados pegou alguns cigarros de maconha e sugeriu que todos fumassem. Todos prontamente aceitaram, exceto Pam, que não queria experimentar maconha. Ela fica em conflito, porque o rapaz que ela admira está fumando maconha e, quando ele lhe oferece o cigarro, ela decide ser:

Não-Assertiva:

Aceita o cigarro, demonstrando já ter fumado maconha antes. Ela observa atentamente os outros para ver como eles fumam. No fundo, ela teme que eles lhe peçam para fumar mais. Os outros estão falando em “ficar muito doidos” e Pam está preocupada com o que o rapaz está pensando dela. Ela negou a si própria, não foi sincera com seu namorado, e sente remorso por ter entrado numa que não queria.

Agressiva:

Pam fica indignada quando lhe oferecem a maconha e explode com o rapaz por tê-la levado a uma festa de tipo tão “baixo”. Diz que prefere voltar logo para casa do que ficar com este tipo de gente. Quando as outras pessoas da festa lhe dizem que ela não precisa fumar, se não quiser, ela não se satisfaz e continua indignada. Seu amigo fica humilhado, sem jeito com seus amigos e desapontado com ela. Embora ele continue cordial com Pam quando a leva para casa, ele não mais a convidará para sair.

Assertiva:

Pam não aceita o cigarro, dizendo simplesmente: “Não, obrigada. Não estou com vontade”. Ela continua, explicando que nunca fumou antes e que não tem vontade de fazê-lo. Diz que preferiria que os outros não fumassem, mas reconhece o direito que eles têm de fazer suas próprias escolhas.



“A Gorducha”

O Sr. e Sra.B estão casados há nove anos e recentemente vêm tendo problemas conjugais, porque ele insiste em que ela está muito gorda e precisa emagrecer. Ele volta ao assunto constantemente, dizendo-lhe que ela não é mais a mesma mulher com quem se casou (que tinha 50 Kg.), que este excesso de peso lhe faz mal a saúde, que ela é um mau exemplo para as crianças, etc.

Além disso, ele a goza, dizendo que ela é bola, olha apaixonadamente para as moças magras, comentando sobre o quanto são atraentes, e faz referências à sua má aparência na frente dos amigos. Nos últimos três meses o Sr.B tem se comportado desta maneira e a Sra.B já está terrivelmente contrariada. Ela tem tentado perder peso nestes três meses, mas sem muito sucesso. Seguindo a onda de críticas do Sr.B, a Sra.B é:

Não-Assertiva:

Ela pede descupas por seu excesso de peso, às vezes se descupa sem convicção, outras simplesmente aceita calada as críticas do marido. Interiormente ela sente raiva do marido pela sua chateação e culpa-se pelo excesso de peso. Sua ansiedade torna mais difícil para ela perder peso, e a briga continua.

Agressiva:

A Sra.B faz frequentes comentários, dizendo que seu marido também não vale grande coisa. Ela menciona o fato de que à noite ele cai no sono no sofá, é um péssimo parceiro sexual e não lhe dá atenção suficiente.

Estas coisas não têm nada a ver com o problema, mas a Sra.B continua. Ela queixa-se de que ele a humilha na frente das crianças e amigos mais chegados e age como um “velho sem vergonha” pelo modo que olha as moças atraentes. Na sua raiva ela só consegue ferir o Sr.B e construir uma barreira entre eles, defendendo-se com o contra-ataque.

Assertiva:

A Sra.B procura o marido numa hora em que ele está sozinho e não será interrompido; então lhe diz que sente que ele está certo com relação à sua necessidade de perder peso, mas que não gosta da sua maneira de colocar o problema. Diz que está fazendo o melhor que pode e que está sendo duro perder peso e manter o regime. Ele compreende a ineficácia de ficar repisando o assunto e decidem trabalhar juntos num plano no qual ele vai reforçá-la sistematicamente por seus esforços em perder peso.



“O Menino do Vizinho”

O Sr. e Sra.E têm um filho de dois anos e uma filha de dois meses. Recentemente, por diversas noites, o filho do vizinho de 17 anos, tem ficado em seu carro, ao lado da casa, ouvindo som altíssimo. Ele começa exatamente na hora em que as duas criaças do casal E se recolhem para dormir, exatamente ao lado da casa onde o rapaz ouve as músicas. A música alta acorda as crianças toda noite e é impossível para os pais fazê-las dormir enquanto a música continua. O casal E está incomodado e decide ser:

Não-Assertivo:

O Sr. e Sra.E levam as crianças para seu quarto, do outro lado da casa, esperam até que a música cesse, por volta de 1 hora da madrugada, então transferem as crianças para o quarto delas. E vão dormir muito depois do horário de costume. Eles continuam a maldizer o rapaz em silêncio, e breve se desligam dos vizinhos.

Agressivo:

O casal E. chama a polícia e reclama que “um desses jovens selvagens” da casa ao lado está incomodando. Exigem que a polícia “faça seu papel” e pare com o barulho de uma vez. A polícia fala com o rapaz e com seus pais, que ficam muito chateados e com raiva pelo embaraço da visita da polícia. Eles reprovam o fato de o casal E ter chamado a polícia antes de conversar com eles e resolvem evitar qualquer relacionamento com eles.

Assertivo:

O casal vai à casa do rapaz e diz a ele que sua música está mantendo as crianças acordadas à noite. Procura, junto com o rapaz, encontrar uma solução para o caso, que não pertube o sono das crianças. O rapaz relutantemente concorda em abaixar o volume à noite, mas aprecia a atitude cooperativa do casal E. Todaos se sentem bem com os resultados.



“Já Passou dos Limites”

Marcos, de 28 anos, chega em casa e encontra um bilhete da mulher, dizendo que iniciou um processo de divórcio. Ele fica muito perturbado, principalmente porque ele não lhe disse cara a cara. Enquanto procura se controlar e compreender por que ela agiu daquela maneira, ele relê seu bilhete:

“Marcos, estamos casados há 3 anos e nunca, em nenhum momento, você me permitiu ser eu mesma e agir como um ser humano. Você sempre me disse o que fazer, sempre tomou todas as decisões. Você nunca aprenderá a mostrar carinho e afeição por ninguém. Tenho medo de ter filhos com receio de que eles possam ser tratados como eu sou. Aprendi a perder todo o respeito e admiração por você. Ontem à noite, quando você me bateu, foi o fim. Vou me divorciar de você.”

Marcos decide reagir a este bilhete sendo:

Não-Assertivo:

Sente-se completamente só, com remorso e com pena de si mesmo. Começa a bater e finalmente toma coragem suficiente para chamar sua mulher na casa dos pais dela. No telefone, implora perdão, pede a ela que volte e promete mudar.

Agressivo:

Marcos fica furioso com o comportamento de sua mulher e sai para procurá-la. Ele a agarra violentamente pelo braço e exige que ela volte para o lar ao qual ela pertence. Diz-lhe que ela é sua mulher e tem que fazer o que ele diz. Ela briga e resiste; seus pais intervêm e chamam a polícia.

Assertivo:

Marcos liga para a mulher e diz-lhe que percebe que foi tudo basicamente por culpa dele, mas que gostaria de mudar. Fala de sua boa vontade de marcar uma consulta com um psicólogo e espera que ela participe com ele.



FUNDAMENTOS PARA UM COMPORTAMENTO ASSERTIVO

“Tá bom”, você diz, “pode ser que eu não seja tão assertivo quanto gostaria de ser. Você não pode ensinar um cavalo velho a marchar. Esta é minha maneira de ser. Não posso mudá-la”.

Não concordamos. Milhares de pessoas têm descoberto que se tornar mais assertivo é um processo de aprendizagem e que é possível para elas mudarem. Muitas vezes um “cavalo velho” precisa de mais tempo para aprender, mas a recompensa é grande e o processo não é, de fato, tão difícil. Em primeiro lugar, como posso saber que realmente quero mudar? Existe algum perigo em potencial na asserção? E as pessoas significativas da minha vida; elas não farão objeção se eu, de repente, me tornar mais expressivo?. Este capítulo pretende fornecer uma fundamentação para o desenvolvimento autodirigido do comportamento assertivo.

PORQUE DEVO MUDAR?

“Sim, sou não-assertivo, e daí?” Bem, pense por exemplo, até que ponto você conhece as consequências deste comportamento? Já observou como você se dá com os outros? Frequentemente as pessoas tiram vantagem de você? Você evita certas situações sociais porque se sente muito ansioso? Já perdeu um emprego ou encontro por não ter conseguido conversar com alguém? Nunca isto lhe custou dinheiro, porque você “não podia” devolver à loja uma compra estragada? Já comprou alguma coisa que não queria, porque “não podia dizer não”? Já foi criticado por seu cônjuge ou por outras pessoas por indecisão?

Algumas destas consequências da não-assertividade forçosamente produzirão angústia, desapontamento e talvez auto-recriminação. Se você experimentou este tipo de sofrimento já tem motivação para mudar. Você está pronto para ir em frente e estamos certos de que os procedimentos apresentados aqui lhe serão de grande valor. Aprender a “lutar por seus direitos” não é uma panacéia, mas um grande passo para se libertar do peso de um comportamento de autonegação.

Muitas vezes é mais difícil a pessoa agressiva perceber que necessita de ajuda, pois está acostumada a controlar o ambiente para satisfazer suas necessidades. Se seu estilo é agressivo, é muito provável que suas relações atuais se tornem piores, a não ser que procure ajuda. Um relacionamento que não é saudável tende a se deteriorar e pode fazê-lo se sentir pior do que agora. Temos percebido que, em geral, a pessoa que se comporta agressivamente pode procurar mudar por sugestão de outros. Muitas vezes ela é movida pela sua própria frustração com a inadequação de seu comportamento.

Você sempre assume a liderança em relações sociais? É você, sempre, que tem que telefonar primeiro para seus amigos? Raras vezes as pessoas o introduzem espontaneamente numa discussão? Você é, invariavelmente, o “vencedor” nas discussões? Frequentemente você ralha com empregados por um serviço inadequado? Você dita as regras para seus subordinados no trabalho? Para seus familiares em casa? Você percebe as pessoas tentando evitá-lo? A alienação das pessoas que lhe são próximas é o preço que você paga para que as coisas caminhem do jeito que você quer? A assertividade pode atingir os mesmos resultados com muito menos feridos no relacionamento.

Um exemplo que demonstra de maneira interessante tanto repostas não-assertivas quanto agressivas à ansiedade é o caso de Karen, que estava tendo ataques de raiva dirigidos contra o homem com quem ela planejava se casar. Sua ansiedade era causada pela falta de consideração dele; chegava muito tarde aos encontros, só lhe avisava dos compromissos a que ele queria ir com ela na última hora, e outras faltas de cortesia. Karen não era assertiva com seus direitos de exigir a cortesia devida, até que sua raiva cresceu a um nível irracional e então ela explodiu com ele. Assim que ela tomou consciência de que a situação pioraria depois do casamento, e do que significaria estar casada vivendo este tipo de relacionamento, e da possibilidade de seu casamento terminar em divórcio, Karen concordou com um treinamento assertivo. Infelizmente muitas mulheres atravessam todo o seu casamento “sob o domínio” do marido, porque sentem que é o “seu lugar” no casamento.



OS SEUS DIREITOS

Ao sugerirmos asserção para as pessoas, enfatizamos o fato de que ninguém tem o direito de aproveitar de outro simplesmente por uma questão de se tratar de seres humanos. Por exemplo, um empregador não pode desrespeitar os direitos de cortesia e respeito que o empregado merece como ser humano. Um médico não tem o direito de ser descortês ou injusto ao lidar com um paciente ou enfermeira. Um advogado não deve sentir que tem o direito de “falar de cima” com o operário. Cada pessoa tem o direito inalienável de expressar-se, mesmo que “só tenha o primário” ou “esteja no caminho errado” ou seja “apenas uma auxiliar de escritório”. Todas as pessoas são, de fato, criadas iguais num plano humano e cada uma merece o privilégio de expressar seus direitos inatos. Há muito a ganhar da vida sendo-se livre e capaz de lutar por si mesmo e garantir os mesmos direitos para os outros. Sendo assertiva, a pessoa está aprendendo a dar e receber em igualdade com os outros e estar mais a serviço de si e dos outros.

Outra faceta que motiva muitos a se tornarem assertivos é a maneira como certos problemas somáticos se reduzem à medida que a asserção progride. Queixas como dores de cabeça, asma, problemas gástricos, fadiga geral, freqüentemente desaparecem. A redução na ansiedade e culpa que é experimentada por pessoas não-assertivas e agressivas, quando aprendem a ser assertivas, resulta freqüentemente na eliminação destes sintomas físicos.

Esta é a hora para compreender que você não está sozinho, que outros já enfrentaram desafios e situações semelhantes e mudaram para melhor.

A esperança e coragem necessárias para iniciar o treinamento pode ser conseguida estudando as descrições dos casos para aprender como outros ultrapassaram dificuldades similares com êxito. Você poderá se identificar com casos que citamos anteriormente e que continuaremos a descrever.

Uma implicação da asserção está sempre presente em indivíduos não-assertivos: comportamento auto-negativo sutilmente reforça outro comportamento mau ou indesejável. Dois exemplos deixam isso claro:



Diana, uma mulher casada de 35 anos, tinha um marido que desejava ter relações sexuais toda noite. Às vezes ela estava francamente cansada das atividades do dia como dona de casa e mãe de três filhos e não queria ter relações. Contudo, quando Diana recusava, seu marido reclamava e ficava magoado, insistindo até que ela “sentia pena dele” e cedia. Esses fatos se repetiam com tanta frequência em seu relacionamento que se tornaram habituais, e quanto mais Diana negava, mais ele insistia até que ela cedesse. Naturalmente, fazendo isso, ela reforçava o comportamento dele, sem contar o valor do reforço da gratificação sexual dele.



Outro exemplo é de uma estudante universitária, Wendy, de 20 anos, que embora fosse independente financeiramente, era do tipo “hippie” e vivia fora do campus em moradia barata com um rapaz e uma moça. Vivendo juntos eles dividiam as despesas e economizavam muito dinheiro. Wendy e seus amigos tinham a reputação de ser “rebeldes”. Rumores sobre o comportamento deles e suas condições de vida chegaram a seus pais, que a submeteram a longa preleção sobre a nova geração, respeito à autoridade, a saúde de sua mãe, ser vulgar, e assim por diante. Isso aconteceu várias vezes e a cada vez Wendy perturbava-se eventualmente e perguntava o que podia fazer para conciliar as coisas, e então cedia a algumas exigências deles. Assim, novamente vemos como Wendy reforçava o comportamento indesejável de seus pais, perturbando-se ou cedendo, quer dizer, ela lhes ensinava como fazer preleções a ela.

Embora possa ser mais difícil para o indivíduo geralmente agressivo admitir as consequências de seus atos, ele geralmente reconhece a reação dos outros quando os direitos deles são desrespeitados. Ele reage internamente com reconhecimento e pesar quando confrontado com a alienação que seu comportamento provoca. Se você procura ajuda, você consegue admitir para si mesmo sua preocupação e sentimento de culpa pelo mal que causou aos outros e pode reconhecer que você simplesmente não sabe como atingir seus objetivos de maneira não-agressiva. Neste ponto você é um excelente candidato para o treinamento assertivo.

Um indivíduo desse tipo foi colocado num grupo de terapia. Depois de um tempo considerável ouvindo Jerry, que monopolizava totalmente o grupo, vários membros o questionaram duramente. Embora fosse um homem forte e turbulento, Jerry logo reagiu a essa resposta, atenciosa porém questionadora que lhe foi transmitida pelo grupo, com uma crise de choro. Ele contou que seu jeito de valentão era apenas um disfarce que o protegia da intimidade das pessoas. Esta intimidade lhe era ameaçadora. Ele se sentia um desajustado e usava a máscara do “machão” para manter os outros à distância. O grupo respondeu à necessidade que Jerry tinha de ser estimado e o ajudou a elaborar respostas adequadamente assertivas que substituíssem seu comportamento provocativo e belicoso.

UMA ADVERTÊNCIA ANTES QUE VOCÊ COMECE

Desde que você está bem motivado e pronto a começar a ser assertivo, você deve primeiramente assegurar-se de que compreende perfeitamente os princípios básicos da asserção. Entender a diferença entre comportamento assertivo e agressivo é importante para seu sucesso. Em segundo lugar, você deve decidir se está pronto para começar a treinar o comportamento auto-assertivo sozinho. Geralmente as pessoas situacionalmente não-assertivas ou situacionalmente agressiva são capazes de começar a asserção com êxito. Para os indivíduos geralmente não-assertivos e geralmente agressivos, contudo, maior prudência é necessária; e recomendamos uma prática e trabalho lento e cuidadoso com outra pessoa, de preferência um terapeuta treinado, como facilitador.

Em terceiro lugar, suas tentativas devem ser escolhidas por ser potencialmente promissoras, para lhe dar o devido reforço. Este ponto, naturalmente, é importante para todos os assertivos iniciantes, mas especialmente para os geralmente não-assertivos e os geralmente agressivos. Quanto maior êxito você obtiver no início, maior a probabilidade de que esse êxito continue durante o treinamento.

Inicialmente, comece com pequenas asserções que tenham possibilidade de ser compensadoras, e então prossiga com algumas mais difíceis. Você pode desejar explorar cada passo com um amigo ou facilitador treinado até que você seja capaz de controlar totalmente a maioria das situações. Você deve proceder com cuidado quando tomar sozinho a iniciativa de tentar uma asserção difícil sem preparação especial. E tome muito cuidado para não tentar uma asserção que possa lhe acarretar um fracasso total. Isso poderá inibir suas tentativas futuras.

Se você sofrer um revés, o que pode muito bem ocorrer, pare a fim de analisar cuidadosamente a situação e tornar a ganhar autoconfiança, obtendo ajuda de um facilitador, se necessário. Especialmente nos primeiros estágios da asserção, é comum cometer erros por não usar adequadamente a técnica ou por excesso de entusiasmo, chegando ao ponto da agressão. Qualquer desvio desses pode causar respostas negativas, particularmente se a outra pessoa, “o receptor”, tornar-se hostil e muito agressivo. Não deixe esta ocorrência desanima-lo. Considere novamente seu objetivo e lembre-se que, embora a asserção bem sucedida exija treino, suas compensações são grandes.

Em quarto lugar, pondere seu relacionamento com as pessoas próximas de você. De modo típico, padrões de comportamento não-assertivo ou agressivo têm sido exercidos por um indivíduo por um longo tempo. O indivíduo não-assertivo terá estabelecido padrões de interação com aqueles que estão significativamente próximos a ele, como família, cônjuge, amigos. Assim também acontece com o indivíduo agressivo. Uma mudança nessas relações já estabelecidas pode causar bastante transtorno aos outros envolvidos. De um modo geral, os pais são freqüentemente alvo de comportamento assertivo especialmente no fim da adolescência ou aos vinte e poucos anos, quando os filhos lutam pela independência.

Naturalmente, algumas pessoas cedem aos desejos e ordens dos pais a vida toda (porque é “certo” respeitar os mais velhos, especialmente os pais que se sacrificaram tanto por você, etc.) Muitos pais acreditam piamente nisso e ficam muito desconcertados quando seu filho “se rebela” assertivamente. Por outro lado, pais que pautaram sua vida em resposta a um filho agressivo podem também ficar confusos quando perceberem que o comportamento dele está se tornando assertivo, embora há muito desejassem esta mudança. Consequentemente, pode ser útil pedir a um facilitador que intervenha e converse com os pais para prepará-los para estas modificações. Esta intervenção pode freqüentemente evitar que essas reações se exasperem e provoquem relações profundamente tensas entre pais e filhos.

Relacionamentos conjugais que têm se mantido há anos baseados nas ações não-assertivas ou agressivas de um cônjuge são igualmente propensos a ficar “de pernas para o ar” quando a asserção começa. Se o cônjuge não está preparado e disposto a mudar um pouco também, há uma forte possibilidade de rompimento entre o casal. A cooperação do cônjuge conseguida através de algumas reuniões com o facilitador pode ajudar imensamente a mudança de comportamento. Espera-se que um treinamento assertivo para um esposo fortaleça as relações conjugais. Contudo há um perigo potencial de comportamento de um dos parceiros e deve-se estar atento para agir com plena consciência dessas eventuais consequências. Uma conversa franca com os pais ou cônjuge é firmemente recomendada.

Texto extraído do livro:

ALBERTI & EMMONS Comportamento Assertivo: um guia de auto-expressão. Belo Horizonte: Interlivros, 1978.

2004 – Copyright CEMP – Centro de Estudos em Psicologia
Todos os Direitos Reservados

29 abril 2010

O Leite e Os Que Mamam

Cidinha Campos Fala Sobre O Leite e Os Que Mamam

22 março 2010

É a Vida



Levar a vida,
como podemos,
que escolha temos?

Ser quem somos,
ter o que temos,
que mais podemos?

Muitos querem aprovação,
mas não há porque.
Qual a necessidade de ser aprovado por uma maioria,
de uma sociedade claramente doentia?

Nossas virtudes fazemos delas brilhantes e vistosas,
e nossos vícios e defeitos ocultamos sorrateiramente,
e assim, lidamos com nossas fraquezas da maneira mais sofrida que há,
jogando pra camadas cada vez mais profundas do subconsciente as coisas que não sabemos lidar.

Não adianta se apegar,
tem que se entregar à vida mesmo.

Não adianta querer do jeito que era pra ser,
tem que se entregar pra vida mesmo.

Nem pra pensar muito o tempo há,
é fazer e ver que bicho dá.

às vezes precisamos de silêncio,
e na maior parte das vezes que precisamos de silêncio não é pra podermos pensar,
mas pra podermos deixar nossa cabeça pensando por si, até que esgote as coisas que estão soterradas e o movimento de idéias acalme e cesse, e as idéias de nossa mente já serão diferentes... e depois recomeçar a absorver mais impulsos de nossas paranóicas modernas vidas.

Mas com um espaço infinito,
e estrelas que nem podemos contar,
como posso eu saber o que no mundo há?

... nossa ignorância é um canto sem luz, mas com muito espaço por preencher ...

Nossa vida é um padrão,
de nossa própria criação...

17 março 2010

Óleo é Água



Nossa civilização atingiu um auge de desenvolvimento por duas razões bem simples:

- Temos energia pra caramba à disposição (energia armazenada em combustíveis fósseis através de eras e mais eras, durante dezenas a centenas de milhões de anos) e que está sendo queimada e utilizada em ritmo frenético.

- Temos matéria prima disponível, pois estamos saqueando os ossos do planeta, extraindo muito de tudo.

Uma caneta só custa R$1,00 porque não incluímos nela o preço do que causamos no planeta. Nem da devastação causada pela obtenção das matérias primas e fabricação, nem do material utilizado e da água.

Nossa população somente atingiu o nível de 6,8 bilhões de pessoas (e crescendo) porque temos energia suficiente (e outros compostos derivados de petróleo como plásticos, tintas, fertilizantes, solventes entre milhares de outros) para manter isso. Mas esse óleo está para acabar antes do que imaginamos, sendo que já passamos do pico. Isso significa que nunca mais conseguiremos produzir tanto quanto antes (estima-se que possa produzir entre 90 e 100 milhões de barris por dia no máximo, e nosso consumo atual é de 85 milhões de barris por dia), exceto que poderemos abrir mais e mais poços (que utilizam a mesma jazida) e que apenas farão com que sequem mais depressa. Isso causa uma falsa impressão de que a produção aumentou, mas na realidade o que acontece é uma desenfreada corrida pelo saque dessas reservas, com cada vez mais canudinhos sugando óleo da terra e cada canudinho conseguindo cada vez menos. (Se puder, veja o documentário Colapso )



Estão até tirando petróleo de areia! Você já ouviu falar das areias betuminosas do Canadá? Se não ouviu, vai ouvir, porque é pra lá que está migrando muito do dinheiro do óleo, para devastar um pouco mais a região (fotos: national geographic) e poluir mais um pouco o planeta para extrair o que sobra desse óleo, utilizado pela humanidade como o próprio sangue do capeta! (não que eu acredite nele, mas nós humanos o fizemos de carne e osso)

MAS...

e quando esse óleo repleto de matérias primas plásticas e energia começar a se esgotar? Migraremos para o gás, que deve se esgotar um pouco depois? Ou para o carvão? Quanto vai custar um litro de gasolina (ou um quilo de carvão?) E quanto vai custar um litro de água potável? E um quilo de comida?

E depois de queimar isso tudo de óleo e carvão -estamos falando de centenas de milhões de anos de absorção de carbono e detritos jogados de uma só vez- , nossa água e nosso ar, como ficarão?

E nosso planeta como ficará depois de tantos saques a suas entranhas?



Mas, os noticiários não falam disso. Não querem que pensemos o que ocorrerá conosco, simplesmente porque não sabem o que oferecer! Os mesmos poderosos que governam a Terra (e que sabem muito bem a situação em que nos encontramos), que barram o desenvolvimento da energia limpa (pois seus lucros no saque de óleo são muito maiores e exigem menos trabalho), e que coordenam a impressão do dinheiro sem lastro que utilizamos (um dinheiro conseguido a fiado pelos governos) não sabem o que podem oferecer para o povo, porque eles não querem OFERECER NADA, eles querem OBTER, RECEBER. Até o último minuto possível!

E como diria O Profeta , de Khalil Gibran, mesmo que o fruto se dê sem nada pedir porque é sua natureza, assim como da raiz de tomar porque é a sua natureza, e que o fruto não possa existir e se dar não fosse a raiz receber, o que acontece conosco não é que não devamos utilizar o mundo, mas é que desequilibramos completamente nossa relação com ele e consequentemente com nós mesmos. Assim, recebemos muito mais do que precisamos. Tomamos do mundo com exagero, como se não fosse acabar mais, e sabe o que? Vai ser coisa de no máximo algumas décadas até começar a acabar... Porque usamos com exagero. Porque temos mais do que precisamos...

Os estadunidenses então, nem se fala... Consomem mais óleo (e consequente a água que é usada pra produzir praticamente tudo a níveis absurdos) que todo mundo...

Um americano consome 25 de barris de petróleo (3 977 litros) por ano.
Um alemão consome 10,6 barris de petróleo (1 685 litros) por ano.
Um brasileiro consome 4,2 barris de petróleo por ano (669 litros).
Um chinês consome 2,1 barris de petróleo por ano (347 litros).
Um indiano consome 0,9 barris de petróleo por ano (145 litros).

Nosso estilo de vida baseado em consumo está em seus dias de glória. E claro! Ninguém vai querer estragar esses dias de glória avisando o mundo que o consumo está pra entrar em colapso! Vamos colocar no noticiário coisas cotidianas e banais, nada de muito real, vamos mexer com a fantasia, com os medos, com as histórias bizarras! Vamos utilizar tudo isso pra criar na mente da população uma grande ilusão coletiva de que o mundo segue seu rumo como sempre! E claro que segue, porque não temos como fazer diferente, mas teríamos que estar nos preparando desde já se pudéssemos saber o que nos espera de verdade.

E assim, os número de quanto cada pessoa exige do mundo permanecem ocultos, bem como o tanto de óleo que resta, e a água, tão preciosa água para nossa espécie!
Os números da verdade continuam ocultos...

E a vida segue seu rumo...

Como diria Michael Ruppert , quando as coisas começarem a ruir, a gente não precisará correr mais rápido que o dragão que consome nosso sistema. Quando um urso invade um acampamento, não se precisa correr mais rápido que o urso, mas somente correr mais que o último campista...

12 março 2010

Iguais mas tão diferentes...



A humanidade não sabe pra onde está indo,
mas sabemos que não é o lugar aonde queremos estar...
Parece que algo está errado...

Trabalhamos para ficarmos mais em paz, e a paz não vem. Não vem porque a humanidade vive amontoada junta, e enquanto uma parte dessa coletividade for infeliz, ignorante, oprimida e esquecida, nenhuma parte dela será saudável.

Em nossa estupidez para sermos aceitos, esquecemos de ser felizes.

Em nosso mundo com 7 bilhões de pessoas, a realidade é somente essa montoeira de gente e sua interação com o planeta e seus seres, e com o Universo.

A base de qualquer coisa real são essas pessoas. Pessoas que trabalham porque acreditam que podem fazer alguma coisa, construir algo, servir de alguma maneira. São pessoas muitas vezes esquecidas pelo mundo, pela mídia, pelos vizinhos, e muitas vezes pela própria família. Enfim, essas pessoas tem vidas duras, porque nossa realidade é dura.

E no nosso trabalho, que visa justamente deixar essa realidade mais simples (pois podemos servir outros e sermos servidos, em constante troca, aonde em cada momento cada qual faz sua parte para que o todo que conhecemos se torne possível) encontramos muitas vezes justamente o maior obstáculo da nossa vida. Isso quando o obstáculo não é o próprio fato de conseguirmos um trabalho...

E quando o obstáculo não é o fato de que algum perdido, que não é capaz de trabalhar, covardemente rouba algo de alguém que, independente do fato de gostar ou não de trabalhar, está lá, todo dia oferecendo algo para poder receber seu salário.

O fato não é sobre o dinheiro.
O fato é sobre SERVIR ou SER SERVIDO.

Quem gosta demais de ser servido, acha que é melhor que os outros, ou acha ao menos que deveria ser. Ao invés de realmente se superar e fazer de si mesmo algo melhor, acaba utilizando toda a energia e inteligência para obter de outros aquilo que não consegue (ou como diria em desculpa que não quer) fazer.

O ladrão deriva em casos extremos, de uma necessidade. Mas na realidade, a grande maioria dos ladrões e homicidas que vemos serem presos são parte de uma revolta interna derivada ou de muita ruindade e verdadeira maldade, ou de uma ignorância das causas da vida devido a uma constante manipulação mental e venda de valores e bens de consumo que nunca poderão ser obtidos por pessoas que tem suas vidas em posição desprivilegiada: a grande e maciça base da pirâmide.

O vampiro que suga o sangue de suas vítimas. Incapaz de obter alimento sem prejudicar, representa o fatídico ato de matar para obter algo que necessita, mesmo que momentaneamente. O homicida é um vampiro feito.

Além de lidar com as bestas (digo bestas no sentido de toda a maldade mesmo, gente com o coração ruim, gente com a cabeça maltratada) temos que lidar com nossas bestas internas, nossa preguiça ou falta de vontade de ir trabalhar, nossa tristeza, nossa raiva, a tão injuriante injustiça que atiça os mais rebeldes e os mais tristes sentimentos, nossa perda de visão de nós mesmos e da vida, nossa aceitação, alimentação, contas e mais contas, nosso controle do consumo, enfim ...

E até ocorre com alguns que não lidam simplesmente com suas bestas internas. Deixam estas correrem soltas pelo mundo, até a exaustão ou auto-aniquilação... e pra piorar, além de acabarem com as próprias vidas, ainda chegam a incomodar os que amam e até aos que não amam e nem conhecem.

Não há razão para sermos uma humanidade assim, mas os projetos humanos estão todos voltados para o amadurecimento disso que vemos. Dos portos, dos aeroportos, das rodoviárias, das estradas, das maneiras de arrecadar dinheiro, do petróleo e de seu consumo (estamos todos numa civilização de 7 bilhões de pessoas que obteve seu auge e conseguiu se expandir tão rapidamente graças a energia abundante que encontrou em um combustível fóssil que estará esgotado em 200 anos... Como continuará a civilização sem essa energia extra? Não se sabe, nem se preocupam, nem querem saber...)

A vida, processo tão absurdamente mágico, para não dizer miraculoso, é uma coisa tão comum e abundante em nosso planeta azul que virou banal. Só porque encontramos um ser humano em cada pedaço de terra deste planeta, parece-nos que a vida é uma coisa comum e banal...

Esquecemos que para os materialistas, justamente os que mais acreditam que a vida surgiu ao acaso, que a ciência material não consegue achar vida em outro planeta. Colocando nesta teoria material as chances de obter vida a partir da combinação das quatro bases que compõe o DNA são quase nulas. São entre centenas de milhares e bilhões de lestras dependendo da espécie. Estatisticamente, é praticamente impossível existir vida. Vida complexa então, está fora de cogitação.

Mas ela existe. E eu e você somos provas disso.

Talvez exista somente vida em todo o Universo, e a vida talvez seja a coisa mais abundante de todas, visto que um átomo pode depender de uma força vital para existir. Um planeta pode depender de forças vitais para existir. Derrepente, podem existir vários e vários níveis de vida...

E a nossa vida material, banalizada pelos jornais, pelos portais da Internet, pelas conversas de grande parte dos nossos, pode ser somente mais um caminho dentre tantos, para que tomemos consciência do que realmente somos. E não tem como eu saber o que você é...

Portando, temos cada um de nós que olhar pra dentro,
e ver o que temos de bom e de ruim,
o que queremos do mundo,
e o que queremos oferecer ao mundo...
Tendo certeza que quanto menos precisarmos para sermos felizes,
mais leve a mochila da vida fica.
Tendo certeza que quanto mais pouco pudermos oferecer (não aos ladrões, vampiros e homicidas, nem aos meros sangue-sugas... não àqueles que procuram os prazeres de todos os tipos do mundo num ciclo sem fim, mas àqueles que procuram a verdade sobre si) mais ainda teremos pra dar.

Permanecendo invisíveis ao sistema,
não precisamos discutir política,
nem religião,
para chegarmos ao centro da questão:
a transformação é de um por um. O trabalho é lento, e individual. Nenhuma carga sobra para aqueles que ajudam os outros nesse caminho, pois simplesmente não podemos carregar nada que não seja nosso... Nossas vidas não ficam mais pesadas, porque a carga somada de muitos pode acabar dividida e assim ser leve, como ainda não conhecemos.

Sei de uma coisa:

Quatro dias em Superagui me fizeram lembrar de algo que o dia a dia tinha me feito esquecer...

O Universo está aí brilhando toda noite...
O planeta está faz 3,5 bilhões de anos (de acordo com cálculos humanos) com vida...
Quem vai morrer neste planeta agonizante somos nós.
Somente e tão somente nós mesmos.
Perdidos com nossos erros e nossas maldades,
com nossos pensamentos viciados que não nos levam a lugar algum,
com nossos dias de óleo e de água contados (tomando e sujando de nossos próprios filhos e descendentes, que indecente...)
O planeta há de sobreviver...

Quem está matando a humanidade é ela mesma. Não será o planeta que vai nos matar: nós é que estamos nos matando.

E para tão triste fim (que pode agonizar por alguns milhares de anos ainda) de tão triste humanidade, nada melhor que podermos vez por outra fazer alguém rir, estar mais leve, ser mais em paz consigo. Não há preço pra se apagar tão ferventes brasas de um mundo em chamas... Panos quentes hão de faltar aos montes, e em todos os lugares...

Em meio a tudo isso a única ode à vida permanece viva em toda a criação e nos homens...

*O amor por si e pelos outros.*

...

04 março 2010

re eterno retorno

As coisas da vida...
não querer incomodar os outros,
pra não ser incomodado...
e vez por outra por causa disso se ver contrariado.

ah, uma pancadaria, que feio...

ficar longe do blog,
longe de escrever,
muito trampo, sabe como é...
deixa a gente meio burro, com a mente turva,

ter que usar o fosfato em prol do progresso,
humano progresso...

o que fica?
cruel a vida...

pior a dos outros...

(Ainda acredito que viemos pra sermos felizes, mas que distância toma a humanidade da própria felicidade. Mais longe que o próprio sol.)

Blowin in The Wind

11 fevereiro 2010

BBB 10

Da Internet...

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.