08 maio 2008

Estou em Outra Estação


Lendo o "Teorias", livro do Bondia pela SetePeixes lembrei de uma vez que rolou uma "coincidência" (será que coincidências existem mesmo?) sobre essa música do Legião e a outra estação.

É que a humanidade tem algumas coisas a oferecer. As ruins estão à mostra, empurram-nos goela abaixo. Coisas feito para massas, coisas feitas para serem empurradas mesmo. Não presta. As estações que temos à nossa disposição, em sua maioria, são uma grande porcaria. Notícias ruins, petróleo que sobe (alguém acha que com as reservas menores e cada vez mais carros rodando o petróleo vai baixar de preço? hahaha...), salário que diminui, corrupção absurda e reajustes sem fim daqueles que deveriam defender os interesses do povo, enfim, uma maçaroca de gente que não sabe pra onde ir.

Mas, por trás disso tudo, nos bastidores dessa maravilhosa oportunidade de estar vivo no planetinha azul, existem outras coisas, outras pessoas, novas propostas, outras estações.

Estaremos mais distantes do mundo, estaremos mais longe do sucesso, do poder e da fama, mas estaremos mais perto de nós mesmos. Estaremos indo de encontro ao que interessa, ao que vale à pena. Estaremos indo resolver nós mesmos.

Cada ação que o mundo apresenta exige de nós uma reação para que o processo possa ser realimentado e para que novas ações sejam apresentadas. Se formos reatores, seremos exatamente como querem que sejamos, e estaremos presos. Mas se, ao contrário, escolhermos como somos e sermos assim mesmo, independente do que acreditam que somos, então teremos quebrado o ciclo de realimentação e um mundo novo de possibilidades se abre à nossa frente.

Possibilidades de contato, de vida, de experiência, até mesmo profissionais, pois a visão muda, e quando nossa visão muda, nosso mundo muda junto. O nosso mundo é o que fazemos dele.

O fato é que afastando essa paranóia coletiva de sobrevivência, violência, exploração e desigualdade existe uma realidade imutável: todos somos humanos, e temos os mesmos medos, os mesmos desejos, as mesmas marcas deixadas pela vida. Diferentes, claro, mas iguais. Saímos do mesmo molde. Debaixo da parafernália toda da invenção humana de luta pela sobrevivência existe a realidade: a humanidade é uma irmandade na mesma nave, no mesmo planeta, nas mesmas circunstâncias. Debaixo do molde da violência existe a realidade: uma pessoa perdida, que precisa ser vista, gostada, que precisa se encontrar em si mesma. Quem não gosta de si não gosta dos outros. Tudo simples.

E é simples assim, mudar de estação...
Estamos aqui é uns para os outros...
"estou longe, longe... Estou em outra estação..."

5 comentários:

Positividade disse...

eu tbem estou em outra estação...
não estou na mesma sintonia da maioria...

gazstao disse...

pois é, é bom estar em outra estação, né?

Positividade disse...

é verdade, cada vez conheço mais pessoas q vivem como eu em outra estação... heheh

um abraço p vc amigo.

gazstao disse...

vc tem blog?

abrço e boa semana procê!

Positividade disse...

Não tenho... só bisbilhoto os blogs alheios hehe...