27 maio 2008

Dentro ou Fora?



Essas semanas que passaram tive uns perrengues dos fortes. Trabalhos fora que deram dor de cabeça, cansaço e sensação de impotência e fracasso... Desequilíbrios na saúde... Dúvidas e mais dúvidas na mente... Paradoxos de existência se apresentando exigindo soluções muito mais práticas do que ideais... Fiquei pensando em muita coisa, em várias delas, e cheguei a algumas conclusões interessantes...

1) Ninguém tem as respostas para nossas perguntas, exceto nós mesmos. Para diferentes pessoas e situações, diferentes respostas. Para uma mesma pessoa e situação e diferentes objetivos, diferentes respostas. Isso implica em uma coisa bem simples: mais importante do que sabermos a resposta é sabermos aonde conseguir a resposta, e essa resposta é também bastante simples: em nós mesmos. Acontece que no dia a dia temos momentos Yang, de ação. E na sociedade atual, aparece essa energia de realização em excesso. Temos que aprender a voltar pra dentro, a ter um momento Yin, de introspecção. Muitas vezes, ao silenciarmos nossa cabeça por poucos instantes, observando especialmente como nossa vida é efêmera, como nosso tempo na Terra é curto, como nós no Universo não somos nem um pequeno grão de poeira, como na eternidade não somos nem um instante, e simplesmente deixarmos nossos desejos, medos e vontades de lado pra sentir as coisas como estão, como são e ouvir... A resposta está dentro de nós e muitas vezes antes que chutemos o balde de alguma situação, devemos saber que praticamente para toda situação temos uma saída, exceto para a morte.

2) O instante de transformação, o ponto crítico, já passou. A Positividade já falou aqui que acreditava que o tempo da humanidade se transformar já tinha ido. Eu resisti muito, mas confesso que tenho que ceder e acredito agora que realmente, o ponto crítico já passou e não há mais volta. As ordens da Natureza para tomar o que é seu já foram dadas e a humanidade não tem chance contra as forças do Universo. Nos resta nos integrarmos ao mundo e a nós mesmos para termos estrutura e força para suportar o porvir.

Não sei se é triste aceitar tudo isso, posso estar completamente enganado, mas talvez precisamos que cada vez mais pessoas possam buscar suas respostas internas, enquanto o mundo vai jogando todos nós em situações cada vez mais embaraçadas e profundas, para que resgatemos nossa capacidade de lidar com a realidade e assim estejamos preparados para o amanhã.

Para o Eterno, um dia, um ano, uma vida humana nada mais são do que instantes quase nulos, ínfimos. Para o Infinito, todo o percurso por mais longo que seja é um ponto só.

Sendo tão pouco e tão poucos, podemos ter o consolo de que vale à pena lutar até o fim. Mas vale à pena por nós. Pelo que somos, pelo que queremos. O destino pode até existir, mas não é nada que defina nossa vida. O destino é uma tendência. A nossa vida são escolhas.

Nem sei aonde chegar... Acho que é um post sem objetivo, pra extravasar alguns pensamentos antes que eu ache que nem eu tenho mais saída diante de tantas coisas que aparecem nessa nossa vida terrena... Mas como diria o Renato Russo, os AA e NA e ?A, é só por hoje que temos que viver e fazer alguma coisa. Só por hoje...

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