01 junho 2012

Organizando a Cabeça


Nossa mente, nós. Essa ferramenta poderosa, grilo falante, que mora dentro de nós. Suas personalidades variam ao extremo, indo do solteirão convicto àquele que procura uma família. Do que quer profissionalmente desenvolver uma empresa Startup àquele que quer a estabilidade de um cargo público. Daquele que quer uma vida de trabalho e construção àquele que deseja uma vida de descanso e contemplação.

Dentro de nossas escolhas só temos mesmo que assumir nossa escolha, nossa imersão de pensamentos na realidade. Mas, neste dia a dia complexo e cada vez mais agitado, é difícil conseguirmos calar essa voz da sociedade dentro de nós. Essa voz da sociedade que tanto aflige e oprime nosso coração, num ímpeto de querer agradar a todos, muitas vezes desagradando a nós mesmos.


A sociedade e o sistema são somente uma base sobre a qual construímos nossos pensamentos, mas desde que fomos criados neste sistema e, certamente que como tudo no mundo muda, nos resta ver esta educação e esses valores como o melhor que a humanidade pode oferecer hoje, mas nunca como o certo e ideal.

Devemos voltar a dentro de nós e buscar a força. Como uma flor que cresce, ela precisa do sol, mas cuja instrução interior é o que a faz crescer e florir, independente das tempestades. Assim, nós mesmos temos uma energia muito similar, acredito que até desenvolvida a partir da própria energia das flores e matas, que nos faz em silêncio assim como uma grande floresta harmônica com seus inúmeros sons que não são barulho.

A vida é leve. Nada é tão sério. Ninguém sai vivo da vida. Tudo passa. Nós também teremos passado um dia. Não precisamos manter nossas aparências. Não precisamos nos matar de trabalhar para provar nada a ninguém. Muito bom é melhorarmos, muito bom é aprendermos, mas nenhuma obrigação de ritmo é imposta à caminhada. Inclusive, o ritmo que nós criamos para nosso mundo hoje é, certamente, muito mais prejudicial do que benéfico. Os benefícios da melhoria da ciência e da tecnologia não conseguiram ser aplicados às soluções dos problemas internos de cada um. Não nos ajudaram a vencer o medo, o apego. Não aceitamos uma vida mais leve porque não queremos nos livrar de tudo o que carregamos dentro de nós.

A vida é seguir em frente. A vida é aprender. A vida é existir. Não há nada de errado com a realidade. Ela simplesmente é. Nossa ótica é que vê faces do que existe. Não temos que advogar nenhuma causa, mas podemos lutar e assumir responsabilidades por várias. Qual é mais leve? Cada um terá suas respostas, e as respostas não são as mesmas para todos. Podemos achar padrões, mas eles indicam e apenas indicam o que pode ser, mas nunca com certeza o que é. E nunca podemos esquecer: a vida cobra da gente cada atitude e segundo de vida, pois assim é a lei do fluxo, e aquele que muito emite, muito recebe.

E neste fluxo infinito de diversidade e mudança, temos certamente que fazer uma escolha:
Ser feliz ou Estar certo? Não precisamos estar certos...

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