27 maio 2008
Dentro ou Fora?
Essas semanas que passaram tive uns perrengues dos fortes. Trabalhos fora que deram dor de cabeça, cansaço e sensação de impotência e fracasso... Desequilíbrios na saúde... Dúvidas e mais dúvidas na mente... Paradoxos de existência se apresentando exigindo soluções muito mais práticas do que ideais... Fiquei pensando em muita coisa, em várias delas, e cheguei a algumas conclusões interessantes...
1) Ninguém tem as respostas para nossas perguntas, exceto nós mesmos. Para diferentes pessoas e situações, diferentes respostas. Para uma mesma pessoa e situação e diferentes objetivos, diferentes respostas. Isso implica em uma coisa bem simples: mais importante do que sabermos a resposta é sabermos aonde conseguir a resposta, e essa resposta é também bastante simples: em nós mesmos. Acontece que no dia a dia temos momentos Yang, de ação. E na sociedade atual, aparece essa energia de realização em excesso. Temos que aprender a voltar pra dentro, a ter um momento Yin, de introspecção. Muitas vezes, ao silenciarmos nossa cabeça por poucos instantes, observando especialmente como nossa vida é efêmera, como nosso tempo na Terra é curto, como nós no Universo não somos nem um pequeno grão de poeira, como na eternidade não somos nem um instante, e simplesmente deixarmos nossos desejos, medos e vontades de lado pra sentir as coisas como estão, como são e ouvir... A resposta está dentro de nós e muitas vezes antes que chutemos o balde de alguma situação, devemos saber que praticamente para toda situação temos uma saída, exceto para a morte.
2) O instante de transformação, o ponto crítico, já passou. A Positividade já falou aqui que acreditava que o tempo da humanidade se transformar já tinha ido. Eu resisti muito, mas confesso que tenho que ceder e acredito agora que realmente, o ponto crítico já passou e não há mais volta. As ordens da Natureza para tomar o que é seu já foram dadas e a humanidade não tem chance contra as forças do Universo. Nos resta nos integrarmos ao mundo e a nós mesmos para termos estrutura e força para suportar o porvir.
Não sei se é triste aceitar tudo isso, posso estar completamente enganado, mas talvez precisamos que cada vez mais pessoas possam buscar suas respostas internas, enquanto o mundo vai jogando todos nós em situações cada vez mais embaraçadas e profundas, para que resgatemos nossa capacidade de lidar com a realidade e assim estejamos preparados para o amanhã.
Para o Eterno, um dia, um ano, uma vida humana nada mais são do que instantes quase nulos, ínfimos. Para o Infinito, todo o percurso por mais longo que seja é um ponto só.
Sendo tão pouco e tão poucos, podemos ter o consolo de que vale à pena lutar até o fim. Mas vale à pena por nós. Pelo que somos, pelo que queremos. O destino pode até existir, mas não é nada que defina nossa vida. O destino é uma tendência. A nossa vida são escolhas.
Nem sei aonde chegar... Acho que é um post sem objetivo, pra extravasar alguns pensamentos antes que eu ache que nem eu tenho mais saída diante de tantas coisas que aparecem nessa nossa vida terrena... Mas como diria o Renato Russo, os AA e NA e ?A, é só por hoje que temos que viver e fazer alguma coisa. Só por hoje...
16 maio 2008
Natureza: O Poder
A realidade é um tanto cruel, mas óbvia ao mesmo tempo... O verdadeiro e único poder que existe no mundo é o da natureza. Sendo o homem um ser que quer subjugá-la, conseguirá nada mais que sua própria extinção. A natureza é tão verdadeiramente poderosa que tem até uma lei que tem o nome dela: Lei da Natureza. Para a humanidade, isso quer dizer que só os mais fortes sobrevivem. Na verdade é que os mais aptos tem mais chances de sobreviver. Estar mais apto não quer dizer nem de longe que é ser mais forte. Estar mais apto é estar mais integrado, mais centrado, mais objetivo. Os animais que se integram na natureza ela deixa e gosta que vivam nela, porém aqueles que a desequilibram são sumariamente extintos. Digam os Dinossauros. Eles existiram aqui. Neste mesmo planeta que habitamos. (aliás, muitos deles caíram em poços de piche e juntamente com o piche e vegetação formaram as tão famigeradas, não renováveis e cada vez mais escassas reservas de petróleo!)
Podem até dizer que foi um meteoro ou sei lá o quê que matou os gigantescos répteis, mas o fato é que ninguém que pudesse ver o que acontecia no planeta naquela época poderia acreditar que criaturas gigantescas, com dentes enormes e cobertos de uma carapaça de couro poderiam ser extintos. Foram bichos apavorantemente bem criados. Monstruosos, violentos e resistentes. E se foram... hoje fica a lembrança, os fósseis e o petróleo...
Pra humanidade não vai ser muito diferente... O planeta está puto da vida com a gente! E tem razão! Eu não sou muito fã de palavrões mas às vezes são as palavras mais precisas para uma situação, que é o caso: PUTA QUE PARIU! O QUE ESTAMOS FAZENDO COM O PLANETA?
Bom, vamos por partes: Fato número:
1) EU EXISTO! (acredite: se eu escrevo isso é porque eu existo mesmo!)
2) VC EXISTE! (pois bem, se você lê isso é porque você existe também!)
Se nós existimos, é porque tudo isso é real. Quão real ou quanto disso é percepção não vem ao caso hoje, mas sim que existimos. Estando aqui, vivos, podemos então fazer!! Que beleza! Nada como matemática na vida!
Podemos fazer nossa vida valer à pena. Podemos fazer com que a natureza seja mais feliz de nos ter em seu leito. Aliás, aí entra um outro cara, Jesus Cristo. Ele também falava da natureza, mas especialmente de um fractal de natureza dentro de natureza, que é a natureza humana que reside em sua parte material dentro da natureza planetária e em sua parte espiritual sei lá onde que reside.
Essa natureza humana de que nos falou o grande cara acima, Jesus Cristo, é na verdade uma grande sacada revolucionária para a humanidade. É uma maneira simples de garantir que o planeta, as pessoas e os animais que habitam aqui possam todos viverem por longas e longas gerações sem maiores transtornos ou problemas, com desafios sempre maiores porém controlados, como é a tecnologia hoje. A tecnologia é uma prova do poder de criação da humanidade, poder esse que pode ser facilmente convertido em criação de objetos de destruição, alterando imediatamente o nome de poder de criação para poder de destruição.
Simples né? Poder de criação usado pra criar = criação = evolução = novo = soma = possibilidades. Se não for utilizado pra criar então poder de criação vira poder de destruição = estagnação ou regresso = velho = divide = beco sem saída ou disco riscado.
Mas Ele foi mais além. Ele via o coração, a mente e a alma das pessoas. Ele sabia exatamente fome do quê tinham alguns. Era fome da verdade. A verdade que existimos e estamos vivos, em meio a naturezas dentro de naturezas. O simples fato de existirmos é um milagre. EU EXISTO! Caramba, que beleza! E quando não existir mais (se é que isso acontece, o que eu não creio) também que beleza! Possibilidades!
E o que nós somos, com o quê podemos então ocupar as nossas vidas se não for com consumo, televisão, drogas? Simples: com nós mesmos! Você sabe cantar? Sabe dançar? Toca algum instrumento musical? Faz algum tipo de arte marcial? Sabe pintar? Desenhar? Fazer algum tipo de arte? Lê coisas interessantes? Pensa demais e depois des-pensa tudo? (olha que trocadalho do carilho! despensa é justamente o lugar da casa que guardamos as coisas que no momento dispensamos)
Eis a solução do enigma. Ainda tem outras coisas interessantes pra fazer, claro! Mas comer, ir no banheiro e transar todo mundo sabe (ou pelo menos deveria saber pois é o básico pra se estar vivo). Mas quem se satisfará com isso?
Ai ai, nem sei aonde quero chegar! Acho que chegou a hora de eu deixar os pensamentos irem embora, junto com os dinossauros, pra darem lugar ao meu amanhã. Afinal, o destino e a ocasião são frequentemente confundidos e muitas vezes subutilizados. Destino é o que não se pode mudar, e sinceramente, são muito poucas as coisas que não podemos mudar. No fundo no fundo escrevo tudo isso porquê só tenho a agradecer. Agradecer tanta gente boa a minha volta. Agradecer por ter um teto todos os dias da minha vida, por ter comido todos os dias da minha vida. Agradecer pela minha saúde, saúde essa que só percebi que existia quando fui parar no hospital com um furo no pulmão. Agradecer pelas possibilidades que aparecem na minha vida, pela minha cama quentinha (ai minha cama!), pelas pessoas que lêem isso aqui e que me mostram que não estou sozinho e que, com certeza, me dão muito mais motivação pra continuar acreditando. O que mais pode querer um humano do que estar vivo com aqueles que ama(m)?
13 maio 2008
Porque Não Existem Pinguins no Hemisfério Norte?
O texto é longo, mas muito, muito profundo em informações e verdades. No vídeo da semana um sobre o Tigre da Tasmânia, extinto no século 20. Triste século 21 espera nossa humanidade se urgentemente não mudar de direção...
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Você já pensou por que não existem pingüins no hemisfério norte?
Todos nós aprendemos que pingüins são encontrados apenas no hemisfério sul, na Antártida e adjacências. Implicitamente, isso nos é passado como sendo um fato da natureza - como se sempre tivesse sido assim. Mas não é o caso. A resposta para a nossa questão é muito mais interessante que isso, e ao mesmo tempo desconcertante e perturbadora.
Não existem pingüins no hemisfério norte porque o homem os extinguiu em 1844.
A ave que foi originalmente chamada de pingüim é hoje conhecida – menos do que deveria ser - pelo nome de grande alca ("great auk"). Seu nome científico – Pinguinus impennis - foi baseado em seu primeiro nome vulgar. Os pingüins do hemisfério sul, aves pertencentes a outra família e descobertos depois, receberam o seu nome exatamente por que se assemelhavam às grandes alcas. As alcas eram aves de grande porte, que viviam no Atlântico norte, em volta do círculo polar ártico, e que eram caçadas em imensa quantidade entre os séculos XVI e XIX – enchiam os porões dos navios para servir de alimento, e também eram usadas como isca para a pesca de bacalhau e lagostas. Sob essa imensa pressão, as alcas declinaram inexoravelmente até uma situação desesperadora. Então, no dia 3 de junho de 1844, um grupo de marinheiros avistou o último casal de grandes alcas, denunciados por sua grande estatura em meio às aves marinhas menores, na pequena ilha de Eldey, ao largo da Islândia.
Os marinheiros correram para as grandes alcas com porretes. As alcas tentaram desesperadamente alcançar a segurança da água, mas uma foi encurralada contra as rochas, e outra alcançada já à beira d'água. Ambas foram mortas a porretadas. Em seu ninho havia um ovo, que se acredita ter sido esmagado sob a bota de um marinheiro.
É por isso que não existem (mais) pingüins no hemisfério norte. Não, não é um fato da natureza, infelizmente. Nós fizemos isso ser assim.
As grandes alcas não estão sozinhas, longe disso. Há uma imensa coleção de espécies de animais que nós extinguimos nos últimos séculos. Na maior parte dos casos são extinções muito bem documentadas e conhecidas pela ciência, de espécies que todos nós deixamos de conhecer por muito pouco. Muitas delas eram animais maravilhosos, espetaculares, que fariam o mundo vivo parecer muito mais rico e maravilhoso do que já é.
Eu estou exagerando? Bom, que tal um peixe-boi de oito metros?
Havia, sim, um peixe-boi de oito metros. Um animal dócil, inteligente, com uma elaborada vida social. Nós acabamos com ele em 1768. A vaca marinha de Steller, Hydromadalis gigas, que podia alcançar umas dez toneladas, era o maior mamífero vivente nesse planeta em tempos históricos, fora as grandes baleias. A vaca marinha de Steller habitava as águas costeiras das desabitadas ilhas Commander, no extremo leste da Sibéria, onde foi descoberta pelo naturalista russo Georg Steller em 1741. Eram pacíficas comedoras de algas marinhas que raspavam das rochas. Steller escreveu que havia fortes laços sociais entre elas, incluindo uma espantosa solidariedade. Quando uma era arpoada, as outras tentavam impedir que ela fosse arrastada para a margem, fazendo um círculo à volta dela; várias colocavam a si mesmas nas cordas ou tentavam tirar o arpão do corpo daquela que havia sido ferida. Steller também observou que um macho voltou dois dias seguidos para junto de sua fêmea morta na costa. Nada disso impressionou muito os pescadores russos, que após a descoberta da vaca marinha fizeram uma verdadeira corrida para caçar aquele animal tão rico em carne e óleo, e com uma pele valiosa. Em 1768 – apenas vinte e sete anos depois de ter sido descoberta! – a vaca marinha de Steller já estava extinta.
E que tal a ave mais abundante do Mundo? No século XIX, o naturalista John Audubon, um dos fundadores da ornitologia, ficou chocado com a abundância da pomba migratória, Ectopistes migratorius, na América do Norte. Os bandos eram tão numerosos que há relatos confiáveis de que obscureciam a luz do sol ao passar; dizia-se que passavam por vários dias seguidos. Colônias de nidificação chegavam a 160 Km de comprimento. Audubon estimou que devia haver entre cinco e dez bilhões de pombas migratórias na América do Norte – o que as fazia, de longe, as aves mais abundantes do planeta. Mas aquele século, o da desenfreada expansão americana rumo ao oeste, foi também o do colossal massacre da pomba migratória. Elas foram caçadas aos milhões, para comida e por simples esporte. Caçar pombas migratórias e coletar seus ovos era um esporte de fim de semana para a família inteira, muito popular entre os americanos do século XIX. Havia matanças mais sérias: em uma competição de caça da época, o troféu seria do virtuoso caçador que primeiro matasse trinta mil pombas migratórias. Você leu certo, trinta mil, só pelo vencedor. Com esse tipo de pressão, as populações da pomba migratória começaram a diminuir, e houve quem dissesse que era preciso limitar a caça, ou a espécie acabaria desaparecendo. Foram chamados de alarmistas, riu-se deles. Houve também quem dissesse da pomba migratória que era óbvio que havia tanto que nunca iria acabar – mais ou menos como alguns hoje dizem da Amazônia. Mas as populações continuaram diminuindo, e o inacreditável aconteceu. Em 1900, a pomba migratória se extinguiu na natureza. No dia 1º de setembro de 1914, Martha, a última pomba migratória, morreu no Zoológico de Cincinnati. Estava extinta a espécie de ave mais abundante do planeta no século XIX.
E por que não um lobo marsupial? Quando falamos em marsupiais, a maioria das pessoas imediatamente pensa em cangurus, ou quem sabe nos gambás tão comuns em nosso país. Mas até há poucas décadas havia um lobo marsupial, ou tilacino, um dos mais espantosos seres que já se viu. Poucos reparam no significado de um nome científico, mas raramente um nome científico é tão revelador quanto Thylacinus cynocephalus. "Thyla" quer dizer bolsa, "cinus" ou cynos" quer dizer cachorro, e "cephalus" quer dizer cabeça. Thylacinus cynocephalus, portanto, quer dizer "cachorro com bolsa com cabeça de cachorro". Perdoe o pleonasmo do cientista que batizou o bicho, meu caro leitor. Experimente procurar por "thylacine" no Google Images. O tilacino é tão parecido com um cachorro que qualquer leigo poderia facilmente confundi-los. A semelhança da cabeça é de fato tão extraordinária que apenas os dentes, uns dentes triangulares característicos de marsupiais, denunciam que se trata de um parente dos cangurus. Os quartos traseiros caídos e a cauda afinando gradualmente, como a de um canguru, também traem sua ancestralidade marsupial. Mas não se trata simplesmente de um canguru com crise de identidade, que acha que é cachorro. Isso é o mais interessante de tudo: o tilacino é um espetacular exemplo do fenômeno que os biólogos chamam de convergência evolutiva, ou seja, animais de linhagens muito diferentes – no caso, os mamíferos placentários (como nós) e os marsupiais – evoluindo formas similares em lugares diferentes, como adaptação a papéis ecológicos similares. O tilacino, comum na Austrália inteira até uns poucos milhares de anos atrás, sobreviveu na grande ilha da Tasmânia, ao sul do continente australiano, até bem dentro do século XX. Porém, foi impiedosamente perseguido pelos colonizadores australianos, em represália à predação sobre suas ovelhas. A extinção do tilacino na natureza não teve nada de acidental, ao contrário, foi meticulosamente planejada, e levada a cabo como política oficial do governo da Tasmânia. Com o fim de erradicar a "praga", recompensas foram pagas para cada pele de tilacino entregue. À medida que os animais começavam a escassear, o valor da recompensa foi aumentado cada vez mais. Em 1936, o governo da Tasmânia enfim mudou de política e decretou uma lei protegendo a espécie. Tarde demais. Naquele mesmo ano, o último tilacino conhecido, uma fêmea, morreu no zoológico de Hobart, capital da Tasmânia. Por negligência de seus tratadores, o animal foi deixado na parte exposta de sua gaiola, sem acesso a seu ninho protegido, e morreu de hipotermia numa noite fria de setembro. Há alguns registros não confirmados de tilacinos vistos na natureza nos anos seguintes; um dos mais confiáveis é o de uma fêmea que teria sido morta por um fazendeiro com seus cachorros por volta de 1940. Dentro da bolsa da fêmea havia três filhotes. Não houve mais registros depois disso.
Deixei para o fim o meu favorito, se é que pode haver um favorito numa lista dessas: o menor, o mais sutil, mas nem por isso o menos espetacular. Um animal tão fantástico que parece ter saído da mais imaginativa ficção, e que você e eu fomos privados de conhecer por poucas décadas. Morcegos voam, todos eles, certo? Claro. Sempre foi assim? Não. Em algumas ilhas do Pacífico, onde eram ausentes tanto grandes predadores como também roedores nativos, evoluíram várias espécies de morcegos terrestres. Eram animais bizarros, que eram capazes de voar só uns poucos metros, mas que se moviam agilmente pelo chão da floresta nas patas de trás e nos cotocos das asas, exercendo o papel ecológico dos roedores. Eram tão bem adaptados à vida terrestre que alguns tinham bolsas ao lado do corpo onde recolhiam as asas. À medida que a colonização das ilhas do Pacífico avançava, animais introduzidos pelo homem, como ratos e gatos, foram extinguindo os morcegos terrestres em ilha após ilha. As ilhas Salomão e Big South Cape, que permaneceram livres de ratos domésticos até muito recentemente, foram seu último refúgio. Mas mesmo ali, os ratos chegaram em 1962 ou 1963, e em 1965 Mystacina robusta, a última espécie de morcegos terrestres, deixou de existir. É possível que ainda houvesse Mystacina quando você nasceu, ou pelo menos quando seus pais nasceram. Mas seus filhos não poderão mais vê-lo.
Hora de desfazer uma ilusão bastante arraigada. Fala-se muito em espécies em extinção, mas muita gente acha que o homem extinguiu até agora relativamente poucas espécies, e que portanto nossa capacidade de extinguir espécies possa estar superestimada. Não é o caso. Apenas de 1600 para cá, foram comprovadamente extintas pelo homem pelo menos umas 120 espécies de aves, umas 60 de mamíferos e pelo menos 25 de répteis, entre muitas outras. Muitos desses casos, inclusive os acima, são descritos em um livro maravilhoso, "A Gap in Nature", de Tim Flannery e Peter Schouten, publicado em 2001. Além disso, já extinguimos mais de 600 espécies de plantas, e provavelmente vários milhares de invertebrados, que são mais mal conhecidos. A lista continua crescendo: há apenas um ano foi a vez do baiji, o golfinho do Yang Tse. Isso tudo não inclui centenas de outras extinções de animais de grande porte causadas pelo homem muito antes da Idade Moderna - mas isso já é outra história.
Por que essas coisas ainda são tão pouco divulgadas e discutidas? Eram animais espetaculares, fascinantes, são histórias que mexem com nossos sentimentos, mas nossa cultura não parece ter olhos para elas. Houve uma expressiva melhora nos últimos anos, mas ainda é raro encontrar sobre as extinções históricas em programas de televisão, livros e revistas, e portanto elas não atingem nossos corações e mentes. Acho que a melhor explicação para isso é mesmo a imensa capacidade que a nossa cultura tem de não olhar para aquilo que não lhe interessa – o que é ótimo para quem quiser manter o status quo, mas péssimo para quem queira virar o jogo.
Quando eu era criança, História me parecia fascinante, mas ao mesmo tempo o menos aplicado ou menos útil de todos os assuntos. Minhas professoras sempre tinham o mesmo argumento sobre a importância do estudo da História: é preciso estudar História para aprender com os erros do passado. Só agora sou capaz de perceber o quanto elas estavam certas.
Por Fernando Fernandez
Biólogo, PhD em Ecologia pela Universidade de Durham (Inglaterra). Professor do Departamento de Ecologia da UFRJ, seu principal interesse em ensino e pesquisa é a Biologia da Conservação.
09 maio 2008
Livros Alienígenas
Apenas uma sugestão... Um link com livros alienígenas de libertação mental. Eu particularmente começarei a ler o Castañeda e Terence Mckenna (que foi a palavra chave da busca do google que me levou ao site).
Quem tem olhos para ler que leia.
Quem tem olhos para ler que leia.
08 maio 2008
Estou em Outra Estação
Lendo o "Teorias", livro do Bondia pela SetePeixes lembrei de uma vez que rolou uma "coincidência" (será que coincidências existem mesmo?) sobre essa música do Legião e a outra estação.
É que a humanidade tem algumas coisas a oferecer. As ruins estão à mostra, empurram-nos goela abaixo. Coisas feito para massas, coisas feitas para serem empurradas mesmo. Não presta. As estações que temos à nossa disposição, em sua maioria, são uma grande porcaria. Notícias ruins, petróleo que sobe (alguém acha que com as reservas menores e cada vez mais carros rodando o petróleo vai baixar de preço? hahaha...), salário que diminui, corrupção absurda e reajustes sem fim daqueles que deveriam defender os interesses do povo, enfim, uma maçaroca de gente que não sabe pra onde ir.
Mas, por trás disso tudo, nos bastidores dessa maravilhosa oportunidade de estar vivo no planetinha azul, existem outras coisas, outras pessoas, novas propostas, outras estações.
Estaremos mais distantes do mundo, estaremos mais longe do sucesso, do poder e da fama, mas estaremos mais perto de nós mesmos. Estaremos indo de encontro ao que interessa, ao que vale à pena. Estaremos indo resolver nós mesmos.
Cada ação que o mundo apresenta exige de nós uma reação para que o processo possa ser realimentado e para que novas ações sejam apresentadas. Se formos reatores, seremos exatamente como querem que sejamos, e estaremos presos. Mas se, ao contrário, escolhermos como somos e sermos assim mesmo, independente do que acreditam que somos, então teremos quebrado o ciclo de realimentação e um mundo novo de possibilidades se abre à nossa frente.
Possibilidades de contato, de vida, de experiência, até mesmo profissionais, pois a visão muda, e quando nossa visão muda, nosso mundo muda junto. O nosso mundo é o que fazemos dele.
O fato é que afastando essa paranóia coletiva de sobrevivência, violência, exploração e desigualdade existe uma realidade imutável: todos somos humanos, e temos os mesmos medos, os mesmos desejos, as mesmas marcas deixadas pela vida. Diferentes, claro, mas iguais. Saímos do mesmo molde. Debaixo da parafernália toda da invenção humana de luta pela sobrevivência existe a realidade: a humanidade é uma irmandade na mesma nave, no mesmo planeta, nas mesmas circunstâncias. Debaixo do molde da violência existe a realidade: uma pessoa perdida, que precisa ser vista, gostada, que precisa se encontrar em si mesma. Quem não gosta de si não gosta dos outros. Tudo simples.
E é simples assim, mudar de estação...
Estamos aqui é uns para os outros...
"estou longe, longe... Estou em outra estação..."
01 maio 2008
Chakras, Pentiuns e Athlons...
Um processador de computador, essa pastilha pequenina que podemos pegar na mão, é na realidade uma grande pedra de silício com um núcleo muito reduzido (O Core Duo tem 151,6 milhões de transistores ocupando uma área de 90,3 mm2, enquanto o Pentium M com núcleo Dothan possui 140 milhões de transistores ocupando uma área de 87,66 mm2).
Em contrapartida, uma ventoinha pra refrigerar esses processadores pode ter 5x5cm que é igual a 2500mm2. Trinta vezes maior que o núcleo do processador. Aonde quero chegar? Bom, o núcleo é aonde as coisas realmente acontecem, aonde a energia interage com energia e obtém o resultado preciso do processamento.
Nosso corpo não é diferente. Nossos chakras são na verdade grandes processadores de informações e sentimentos. Os 7 chakras principais, que podem ser vistos na maioria das imagens que circulam por aí, são processadores especializados em tipos diferentes de emoções. O corpo humano, máquina maravilhosa que é, tem 7 núcleos de processamento principais em seu sistema e inúmeros secundários (existem muitas divergências sobre o total de chakras, mas são muitos...)
Para que possamos sobreviver em paz em meio ao turbilhão de emoções (na vida atual especialmente as desgastantes) precisamos dar conta de receber, processar e utilizar todas as emoções de nossa vida até o ponto de conseguirmos antecipar as ações para evitar emoções desnecessárias, um passo bastante grande tendo em vista a dificuldade do auto-conhecimento.
Para darmos conta de processar esses sentimentos (evitando assim diversas somatizações de dor de cabeça, enxaqueca, amidalite, dor no peito, gastrite, problemas renais, sinusite, disfunções urinárias ou sexuais, câncer, entre outros...) precisamos das duas uma:
- Reduzir o número de informações a serem processadas, especialmente as negativas (pois as emoções positivas podem ser assimiladas com muito menos processamento, elas vão direto ao coração ou chakra cardíaco e são prontamente metabolizadas e convertidas em outras energias no sistema). Reduzir informações negativas significa: leituras positivas, pouco ou nada de noticiário ou lixo televisivo, fofoca e outros venenos. Quer queira quer não, tudo o que vemos, ouvimos e sabemos TEM que ser metabolizado pelo organismo, e a não assimilação implica nos diversos problemas de saúde atuais. Assim como processadores de computador, muita informação significa muitas janelas abertas. Tudo fica lento, é muito mais difícil agir, tomar decisões, perde-se a agilidade, a liberdade, enfim, é um saco. Quase um travamento. Essa é a exata sobrecarga que acontece em nosso sistema nervoso quando jogamos muita coisa ruim na cabeça ou quando temos coisas demais a ocupar (preocupar) a nossa mente e não conseguimos esvaziá-la.
- Aumentar a capacidade de assimilação de informações e sentimentos através de um conhecimento de si mesmo e dos mecanismos muitas vezes ocultos com que o mundo e a realidade acontecem. Esse é o processo mais lento e difícil de se obter sucesso, porém uma vez bem sucedido, é irrevogável a eficácia e a durabilidade, pois não há como retroceder nessa caminhada.
Com pequenas coisas como pensar e ler coisas boas e evitar coisas e pessoas ruins, eliminamos com certeza 80% dos problemas que o sistema nervoso assimila e que não podem ser resolvidos individualmente, como impostos, roubos, e toda a parafernália que criam os humanos e que tanto afligem aos mesmos. Os 20% restantes são reais, e são os que realmente importam que resolvamos.
Levantar a palma das mãos pra cima ao invés de pra baixo (quanto tempo ficamos com as palmas das mãos pra baixo!) é uma forma de captar a energia do planeta, seja da chuva, seja do sol. É experimentar pra ver. A energia da Terra entra pelo chakra básico ou sacro e assim precisamos apenas da energia que vem dos céus pra fechar um dos ciclos de recarga que acontece usando a energia do próprio planeta. As extremidades do corpo são as melhores para absorver e enviar energia, assim como as antenas.
Outra coisa é sobre governo. Governo de verdade, somente o das leis imutáveis do Universo, ou de Deus, como preferir chamar o que não pode ser denominado (o Universo, infinito em Tempo e Espaço é inconcebível à mente humana, mais do que a própria realidade). Governos da Terra e suas notícias, imposições e calúnias nada mais são do que macaquices de gente que se veste bem mas muitas vezes não age nem faz bem.
O fato é: aprendendo a usar nossa energia, mantendo os pensamentos elevados e em paz e, se possível realizando atividade física qualquer para facilitar a circulação de energia (alongamentos são excelentes pra relaxar, ou quem sabe uma trepada (fazer amor, tá bom) ou qualquer coisa! Até lavar roupa no tanque vale), conseguimos um padrão de qualidade de vida incomparavelmente superior ao da maioria dos habitantes do planeta.
Acho que é isso... Ou como diria Groo, o Errante, "Terei Errado?"
:)
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