02 abril 2008

O Simples


Faz um tempo que comecei a ler um livro que tinha comprado há muito mais tempo, do Eliphas Levi, chamado a Chave dos Grandes Mistérios (depois de ter lido aquele de dogma e ritual...)

O livro é legal e tudo, tem umas sacadas fantásticas sobre o poder da mente e sonâmbulos que morrem porque achavam que tinha uma pedra prestes a cair na própria cabeça e neste momento levaram uma travesseirada, e coisas mais tétricas e curiosas que isso. Li li e li e li mais ainda. Muitas páginas, muitas leituras. Aprendi um tanto.

Em seguida abri outro livro que tinha comprado por essa rede que existe mas não existe, ou como a alma e a mente, sabemos e sentimos a existência pelos testes que realizamos, mas não a vemos, a Internet. Enfim, o segundo livro que li era o oposto. De um carinha super simples que falava de coisas simples, como agricultura, coisas a construir a base de energia solar como aquecedores e fornos e como usar o planeta com o devido respeito. Esse livro é a "Unidade da Vida", do Edson Hiroshi.

Fato: aprendi infinitamente mais com o segundo do que com o primeiro (apesar das histórias macabras serem muito, mas muito interessantes!) E olha que o livro do Hiroshi tem figurinhas e acho que vinte vezes menos páginas e letras e parágrafos.

A simplicidade objetiva torna tudo mais fácil.
Escrevi isso porque entrei num paradoxo:

Quando achamos alguém que escreve algo muito interessante e está interessado em desapegar-se do próprio ego, o que fazer? Se fazemos um elogio, estamos sacaneando a dita pessoa, por estarmos massageando o tal Ego que justamente f@d# a vida da criatura em questão.

Mas como às vezes é melhor ser incoerente do que ser omisso, mais uma vez recomendo: Leia o livro Revide, do Bondia. É do tipo de livro que é pra começar e continuar lendo, leitura fácil e profunda. Me lembrou bastante do Hiroshi. E é grátis, copylefted. É bom.

Faz muito tempo eu era owner de uma lista de email, o Desorganize. Lembro que era pra discutir das coisas da vida. Um dia um amigo escreveu uma piadinha lá, e eu censurei ele, dizendo que lá não era lugar pra essas coisas. Foi uma das coisas mais estúpidas que já fiz na vida... á toa...

Sei lá, acho que não compreendo muito bem a psicologia interpessoal ou simplesmente às vezes não tenho noção, ou como diz o Ramilhusco, senso de noção. Lembro disso porque a liberdade ainda é melhor do que a regra, ainda que o bom senso e a liberdade juntos sejam infinitamente superiores à liberdade isoladamente.

Viver... um dia de cada vez... aprendendo.. aprendendo... pra ter novos ares, pra ter nova vida, pra ter possibilidades de existência, e pra ter uma vida que mais do que tudo vale à pena.

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