31 julho 2005

Last Splash

O fim de ciclo se aproxima, e com ele o fim das postagens na nave terra. Quem sabe um dia começa outra coisa, outro ciclo... Quem sabe? Mas por enquanto é isso.

Estamos entrando numa nova formação molecular do mundo. Cada um de nós é um elemento químico, e nossa presença ou ausência muda completamente a natureza do composto que participamos. Espero que nós todos juntos possamos formar um composto que seja bom.

E que todos no mundo possam ter almas...
E que a saúde seja mais valorizada...
E que a paz seja compreendida...

E mesmo que a última baleia seja caçada,
e mesmo que o último rio seja poluído,
manteremos nossas cabeças erguidas,
e nosso protesto sincero.

Um beijão para todos.
Let's live.

Afinal, nós estamos vivos!! (ainda!)

NAVE TERRA
o 22-08-03
+ 31-07-05

17 julho 2005

hack the planet!

Serão as tecnologias formas de mantermos a mente ocupada por falta de um ombro? Pessoas em volta existem aos montes, mas me sinto como o patinho feio quando pequeno. Gosto de ficar olhando a fogueira ao invés de jogar truco. Aprendo a lidar com a realidade para fugir dos meus próprios pensamentos. Hackear o planeta é uma forma de explorar a realidade sem que percebamos muito que estamos vivos. Explorar é a palavra da vez. E não estamos falando em retirar do subsolo nossos minerais, ossos do planeta. Estamos falando de explorar as possibilidades de estarmos vivos, nossas interações e consequências.

Não ia conseguir escutar um não hoje. Por isso não liguei pra nenhum(a) amig@. Aí, aprender a lidar com alguma coisa, seja ela uma tecnologia ou uma manifestação de realidade, é uma forma de achar que as coisas vão bem. Mas não vão. Comigo não. Não consigo quebrar a porra do código que rege a realidade. Não consigo entrar nesse sistema. Sou um mero usuário com privilégios de ninguém, de areia no deserto, insignificante pro universo. Pequeno em todos os sentidos. E esse é meu consolo.

Assim, responsabilizo-me apenas por mim. Tentarei não estragar demais nem regredir demais, mas não sei. Quero voltar pra perto da fogueira, ver a madeira queimar, virar calor... e sumir... desaparecer no meio da pista de dança das salamandras, aonde o preto e o vermelho se misturam... o berço de nascimento do laranja e do amarelo...

Nessas horas queria ser uma cor, uma abstração qualquer. Ser humano me fascina e me cansa. Maravilhoso, poderia dizer. Aterrorizante. Lutar é uma forma de manter a solidão fora da mente. E o pior é que sei que a solidão é tudo que tenho e não posso rejeitá-la, pois assim expulsaria da minha vida a única coisa que sei que é verdadeira. Claro, nós, uns para os outros, tudo o mais. Querid@s amo vocês. Desconhecidos, eu tento amá-los também. Mas não me venha com essa de que estamos todos juntos, porque tenho visto a cada dia prodígios de muitos, mas a queda de milhares pra cada desses. E vou cair também, quem sabe. Todos perdem sempre. Todos ganham sempre. A vida não é uma competição e isso a torna um pouco mais justa. Mas ela é um jogo, e jogos são injustos. Acho que eu devia voltar pro conhecido, pro palpável. Mas não sei. Não posso. Estou em outra estação. Acho que não faço parte disso. Não quero ficar mostrando o tamanho do meu pau por aí. Sintonizo-me mais uma vez a tentar fazer parte da orquestra... Mas se quiserem ver tudo bem...

15 julho 2005

eu, o paradoxo

Nasci para lutar pela paz...
contra tudo aquilo que acredito, a realidade.
Me coloco contra mim mesmo, querendo saber o que quero
Querendo entender o que busco.

Morrer ou matar, ou permanecer...
aprendo de tudo pra sobreviver.

Ai daqueles sem força então...
sem força nos braços ou no coração
pois enquanto um compensa outro
a falta dos dois o torna morto...

e assim num dia em que descubro
que quanto mais ajudo mais atrapalho
parece que o mundo é mesmo um pêndulo
uma horta rica com um espantalho...

e minha mente vai longe.
coragem pra falar é maior.
coragem pra fazer é maior.
um dia ainda terei tanta coragem assim.
nesse dia, ai de mim...

13 julho 2005

Discípulos de Pai Mei

hoje escrevo aqui apenas para lembrar que a vida é nossa mestre Pai Mei (link abaixo), e que enquanto ela não nos mata ela nos fortalece. Ainda bem. Temos treinamento gratuito (em termos!) e se tivermos força no espírito para bancar esse treinamento, ficaremos cada vez mais ricos (na alma). Espero que cada vez mais pessoas busquem essas riquezas, pois a matéria não completa vazio de alma!

08 julho 2005

Sanidade mental

Para expandir a percepção nada melhor que descobrirmos que constantemente estamos errados. E se Deus não souber da nossa existência? E se não existir certo ou errado, apenas preços a se pagar? Tipo o Marc Bullet filmando na frente de um hospício, conversando com a louquinha, rindo e fazendo piadinhas, até que ela diz: "Cuidado, senão vão ver que você é louco e vão te colocar aqui dentro!"

e foda, mas é real.
Sanidade mental é o tema do dia!!

04 julho 2005

Depois da tormenta o arco-íris (ou but i feel fine!...)

Depois das piores tempestades o sol é celebrado como nunca. O valor de um dia iluminado é percebido com mais intensidade depois da escuridão. E quanto mais aterrorizante a escuridão, mais linda fica a luz.

A libertação é resolver uma situação. Uma situação de dor, de amor, do que for... Assim, a vista daquela janela linda continua, pois a janela permanece aberta. Mas nosso medo de perdê-la faz com que muitas vezes não abramos as outras janelas, perdemos outra vista, quem sabe até mais linda, por insistir na mesma janelinha de sempre...

E eu, essa criatura perdida que busca paz de espírito, percebo que está longe do sofrimento acabar, mas que o momento de respirar acontece e o ar que entra vale por todo o tempo sufocado. E estamos aqui pra isso mesmo...

Hoje só tenho uma coisa a dizer... como é bom respirar e ver a luz, mesmo que de relance, mesmo que por um instante... e nada melhor do que nos bons e nos maus momentos lembrar que "isso também passará..."! Carpe diem...

01 julho 2005

It's the end of the world as we know it...


Porque o mundo gosta de ver minha alma chorar? Porque as pessoas acham que os dias são iguais?

Estamos para viver momentos alienígenas. Coisas que nunca sonhamos acontecer aparecerão diante dos nossos olhos. Alguns olharão deslumbrados, outros olharão assustados...

Suicídios, homicídios, nada mais assusta... tudo é normal. Por isso, a humanidade em sua necessidade de loucura inventará novos métodos de ficar chapada com a realidade. Ficará louca com sua própria criação. Seu remédio estará em doses tão elevadas que será um veneno para a alma. E sorte de quem tem alma. Digo isso, tenho pensamentos frios, porque acredito que o crescimento tem seu preço no sofrimento. E a humanidade precisa crescer. Tudo parece igual, mas nada é o mesmo. Mais do mesmo. Mais do sempre. Só o agora. Só aqui. Tudo é aqui. Tudo é agora. Os limites e as regras foram criadas pela humanidade. Nosso livre arbítrio poderia ser nossa salvação feliz, nossa vida livre e virou nossa própria destruição.

Parece que a realidade é um sonho aonde aprendemos... mas não é. É apenas uma parte da realidade. Existem milhões e milhões de coisas a mais entre o céu e a Terra do que a nossa vã filosofia pode imaginar. Exitem milhões de coisas a mais do que podemos prever. Existem coisas que nunca saberemos existir. Não há capacidade em nossa mente para contermos a realidade. Ela é absurda por si só. E acharmos que isso tudo que vemos é real é tão absurdo como a própria realidade.

Uma semana de cara.
Três meses depois da dor da perda do amor... da mulher, da esposa...
Dois meses depois de recuperar a esperança na vida e nos guerreiros e guerreiras...
Pouco depois de pular do penhasco...
Uma semana usando apenas água e comida... de cara...
E não acredito ainda que tudo isso existe.
Não posso crer que as coisas estão tão velozes assim.
Precisei de um anjo, uma anja (el@s são andrógin@s) para me proteger. Está aqui, no meu lado esquerdo, junto com minha crença de que a alma ainda é mais real do que o corpo.

Porque gostam de me ver chorar assim?
Porque gostam de me ver sofrer assim?
Porque incomodo tanto as pessoas? Será que a necessidade da felicidade, a busca pela paz de espírito é tão foda assim?

Queria ter a força de Jesus nesse momento, e poder morrer mais uma vez pelo mundo. Quem sabe meu sofrimento agora salvasse minha alma depois. Mas não tenho coragem. Não tenho força assim. Sou a grama que nasce no jardim. E quando a grama morre, nasce mais grama no lugar. Eu sou a grama de hoje.

E sabendo disso pelo menos encontro um pouco de paz...
Paz no coração... porque fora dele, ai meu Deus, não posso nem falar o que penso...

Nem sei como larguei meus vícios!! acho que fico chapado com a realidade.
Acho que o mundo está pra ver uma loucura absurda. E as pessoas em sua maioria não percebem isso.

Falta pouco... eu acho... por favor esteja eu errado... mas falta pouco...
Os dias estão chegando... aqueles dias que tanto falaram que as pessoas iriam procurar mas não iriam encontrar...

Eles são irmãos e se matam.. Tinha algum pedaço da bíblia que falava disso. Preferiram comer o cardápio do que a comida. Jesus causava revolução. Ele lutava pela vida, pela verdade, pelo amor.

Hoje lutam pelo poder, pela hipocresia, pelo dinheiro.
Mas podem crer... morreremos aqui com muito menos dor do que vocês.
Porque nascemos pra viver e pra morrer. E nossa vida é escrita com espírito e sangue e vai de Nietzsche a Jesus em um segundo. Que eu tenha coragem...