21 agosto 2012

O Valor da Vida



A Vida. Tão presente à nossa volta que parece a coisa mais comum do Universo. Que parece simples.
A Vida. Que demorou bilhões (que são milhares de milhões!) de anos em seu laboratório para estarmos aqui agora. A Vida. Que preparou um planeta tão lindo, com tantas coisas impressionantes, e nos deu a vida, nosso bem mais precioso, sem nada querer em troca. (A beleza é brega, é piegas?)

E hoje, em nosso mundo, passamos a maior parte do tempo querendo defender "nossas" terras, "nossas" reservas naturais, "nossa" água das ameaças que circundam o mundo. Ameaças feitas de nós mesmos.

O medo faz com que queiramos mais armas. Mais armas que causarão mais medo.
O medo nos faz pensar que o mundo é um campo de batalha.
Não tenho certeza, mas me parece que tudo isso começa nessa defesa do que é "nosso" que na verdade não é nosso coisa nenhuma. O "nosso" minério já está nas mãos das empresas que o exploram. A cadeia de valor. A economia. Os bens. A separação. Tudo que torna nossa vida mais dura e difícil, e de toda essa opressão que surge nenhuma parte resolverá o problema do egoísmo que nos mata.

Nos mata nos nosso pensamento vãos, sobre coisas que pouco ou nada durarão.
Lutam por um poder que muda de mãos tão rápido quanto o dinheiro.
Lutam por um reconhecimento sem paz. Por uma vida sem valor. Sem vida.

E para nos colocar em nosso devido lugar, nos mostrar nossa verdadeira grandeza, nosso lugar no Universo é em um pequeno planeta azul, chamado Terra. O terceiro de uma série que orbita uma afastada estrela, chamada Sol. Aqui, na borda desse sistema solar, se encontram as sondas Voyager, os objetos mais distantes lançados pelo homem. Nos permitem ver e conhecer, mas nunca estar, nestas fronteiras estelares. E este Sol e toda sua corte de planetas percorre uma rota em torno do centro de nossa galáxia, a Via Láctea. Esta, por sua vez, depois de uma imensidão de vazio que não é vazio mas que nada possui se avizinha com outra galáxia, igualmente imensa, com bilhões de estrelas, bilhões de planetas. E mesmo essas imensas galáxias, das quais não temos nem noção do tamanho e da qual somos uma ínfima partícula, são parte de uma imensidão de galáxias tão maiores que as faz parecerem pequenas diante do Universo.

E sabe-se lá quantas galáxias existem.




E aliás, sabe-se lá quantos Universos existem.

E nossas capacidades. Nossa capacidade de aprender. Nossa capacidade de sofrer. Nossa capacidade de aprender a sofrer. Nossa capacidade de ser feliz. Nossa capacidade de ter vontade. Nossa liberdade de escolha. Nosso poder de ter liberdade de escolha. Nosso amor. Nossa curta e fugaz vida. Nosso incerto futuro, que por mais que as crenças digam e ditem, a verdade é que não sabemos o que vai acontecer quando a gente dormir pra não acordar mais. A consciência decerto migra, mas em verdade nada sabemos.

E enquanto somos carne,

A capacidade de ser um atleta, mesmo que o corpo não seja como as grifes desejam.
A capacidade de ser um músico, mesmo que não agrade os que as gravadoras querem.
A capacidade de ser um escritor, mesmo que ninguém leia suas obras.

O fato não está nas coisas em si, mas no que fazemos delas.

E enquanto o sol brilhar pra todos que querem ver, sempre existirá no mundo um oásis de paz dentro de si.
Basta confiar que se tudo der errado, a natureza nos provê. E se a natureza não nos provir e porventura a gente se ferrar, não foi a primeira vez, não foi a primeira espécie, não foi a primeira dor. Mas não podemos dizer que não foi nossa culpa.

Queria escolher e saber fazer e ser livre e em harmonia com toda a criação.

Tem gente que não gosta desses vídeos emotivos, mas sei lá, nada melhor pra quem tem depressão ou raiva, depois de uma boa dose de remédios é claro, do que um pequeno vídeo de despedida, não é?
(logo abaixo deste, o primeiro vídeo que ele fez...) e aqui o triste obituario de 23 de agosto de 2012.


(it is ok to you if it is in english?)

20 agosto 2012

Pálido Ponto Azul

Em um mundo aonde falar mal do poder dá cadeia,
enquanto o terrorismo de estado vai ficando mais perigoso que o terrorismo do desespero,
as Pussy Riots presas,
agora Garry Karparov, o grande mestre do xadrez, preso também,
Julian Assange, preso, prestes a ser exilado ou deportado...

enquanto tudo isso ocorre o mundo marcha em sua implacável viagem pelo Universo, como se nada estivesse acontecendo. E de fato, pouco está.

Carl Seagan já sabia o que nosso mundo era:
tudo para nós e nossas emoções,
e só um minúsculo e pequeno ponto azul no Universo...

17 agosto 2012

O caso Assange


Depois de claramente usar o Estado para reprimir as VERDADEIRAS informações sobre as condições atuais do mundo e sua pseudo estabilidade, os Estados Unidos e o Reino Unido com seus shows olímpicos e vidas de aparências querem, a todo custo, acima de todas as leis, punir Julian Assange, que em sua incrível inteligência criou um portal que permitiu que milhares de documentos secretos ficassem acessíveis, gerando diversas descobertas e transformações sociais muitas vezes difíceis de perceber, mas claras quando o assunto vem a tona.

Certo de que a atitude desses países, se continuar na linha facista que tanto tem sido tomada pelos russos, americanos e ingleses, tornará o mundo em um lugar aonde a guerra civil será inevitável, pois a energia e o dinheiro não são usados para melhorar o conjunto e as condições gerais, mas sim para forçar a imposição de um ponto de vista.

Triste notícias de países espaciais, 
com mentalidade das cavernas.

Será que não percebem que as colônias acabaram?

06 agosto 2012

Nossa Vida


Nossa vida.
O tempo é certo.
O que fazer com ela?

Esperar o futuro chegar, as pessoas fazerem vôos sub-orbitais, esperar os Jetsons nascerem?
Ou trabalhar mais do que tudo pra fazer um mundo sem destino crescer?

Aprender, e viver... Caímos sempre naquele velho chavão "as melhores coisas da vida são de graça". Mas do que podemos estar falando aqui? Nada é de graça neste mundo e nesta vida, exceto a própria vida e o próprio mundo que na verdade são as maiores pérolas que temos. Não é um paradoxo em si?

Dizem que tempo é dinheiro. Então, dinheiro é tempo também. E tudo o que realmente temos é o tempo. 

O dinheiro é quase um fluido, é uma forma materializada de energia pronta pra uso, e com a velocidade da energia, passa de mão em mão com rapidez assustadora. 

O tempo é um fluido imponderável, e os segundos e minutos nada dizem sobre a sua natureza e quantificação, uma vez que demorou bilhões de anos para a formação da base do Universo e seus sistemas, e mais alguns bilhões de anos para que o próprio planeta tomasse forma, e mais algumas centenas de milhões de anos de evolução, para em somente a 150 a 200 mil anos atrás surgirmos em nossa forma atual.

E agora, em menos de 200 anos, a máquina a vapor, os carros, os computadores, tudo acessível a uma quantidade imensa da população do planeta. Enquanto uma parte não consegue sequer obter seu sustento. Uma maluquice sem fim de um povo que não consegue ver a si mesmo, que não consegue trazer sua responsabilidade para si, que não traz ordem, que não se impõe porque não tem autoridade para tal.


E vivendo sem entender o porquê, percebemos que tudo o que faz mais sentido e tem mais valor diz respeito à vida. À nossa vida, à vida dos nossos amigos animais, à vida da nossa mãe Terra, que dá de seu próprio corpo para que todas as criaturas possam ter uma nave e um abrigo em um Universo de frio e vazio, com inumeráveis e espaçados oásis de atividade fervilhante.

Entender o mundo, saber como fazer as coisas na vida, ter leveza, ter paciência (porque ter força faz a gente quebrar tudo, querer bater em todo mundo, e isso traz muito alívio mas dá muita dor de cabeça com todas as consequências que vem certamente em breve), ter Amor, porque o amor pela vida nos dá a Energia de viver em paz conosco. E claro, sempre que necessário sair e se refugiar em si mesmo. Mesmo que seja todo dia. 

As descobertas da ciência, que na verdade deveria ter o nome de Natureza, pois a ciência significa ter o conhecimento, o estudo daquilo que nada mais é, em todas as suas área físicas, químicas, transcendentais, a mesma base unitária de criação que é a realidade, composta do que percebemos em sua forma viva como Natureza, nos mostram a cada dia mais coisas que não víamos, como se vivêssemos no vazio entre os átomos. Estamos imersos neles e nada sabemos. Ah, sabemos dos quarks, sabemos da energia deles, medimos, quantificamos, mas não sabemos da meia vida. Não sabemos da origem. Nossa vida não tem tempo suficiente sequer pra entender a própria estrutura sobre a qual a Realidade está assentada. E a vida em natureza, esta que estamos destruindo para ter conforto, dinheiro e coisas bonitas e novas sempre. Sem ater que nossa mente vai ficando velha e preguiçosa, e nossos valores vão ficando banais e superficiais. 

A música, as criaturas, a vida, a chuva. O Sol, tão importante para que a Terra vire comida, tão importante para que nossa visão e pelas imagens que vemos existam, tão importante para manter nossa nave Terra nos eixos. Derretendo gelo dos pólos em um ciclo milenar, que certamente um dia voltarão a congelar. E tudo vai seguindo. E um dia a gente perde o tempo que tinha e morre. E um dia todos os que virão também morrerão. E um dia nosso planeta vai morrer. E um dia o Sol vai apagar. E a gente desperdiçando esse precioso e único tempo de acontecimentos com lamúrias e lamentações, com brigas e confusões, com tudo o que não importa.

E se eu tivesse uma coisa a dizer, diria que sou feliz porque sei que estou a viver.
E nada é mais triste do que só perceber isso na hora H. Na hora de empacotar.

Então cada vez que você cansar e achar que tudo vai desmoronar, não esquente ainda não, que sua hora não chegou, e não importa a confusão, sempre há paz no meio do tufão, e o tempo faz com que mesmo a mais violenta e destruidora tempestade do mundo passe e dê lugar ao sol, que uns vão usar pra se esquentar e animar, e outros não vão nem ver ele passar...




03 agosto 2012

Uma Pergunta da Mecânica Quântica



A mecânica quântica e sua nova visão do mundo são avassaladoras.

E eu tenho uma pergunta que pode te deixar tão intrigado quanto eu...
Estou em um quebra cabeças aqui de como funciona a natureza.

Veja o caso. Eu trabalho com manutenção de equipamentos hospitalares de medicina nuclear, e estou aprendendo sobre radioproteção. Um dos materiais radioativos que usam é o Tecnécio (Tc99-m). O tecnécio é bom de se utilizar pois é um radiotraçador que tem meia vida de 6 horas. Isso significa que se agora ele tem uma atividade de 10 mCi (milicurries), daqui a 6 horas terá 5mCi, daqui a 12 horas terá 2.5 mCi, daqui a um dia (24 horas) terá 0.625mCi (625 microcurries) e assim sucessivamente, a cada 6 horas, sua atividade vai baixando à metade.

Pois bem. Mas como podem os átomos saberem quando é sua hora de decair?
Entende, você pode separar as porções desse material em metade, um quarto, um oitavo, pode espalhar pelo planeta, e eles vão decair nessa proporção.

Eles podem estar a quilômetros um do outro, e estarão decaindo cada um ao seu tempo, mantendo uma proporção praticamente perfeita e constante de decaimento.

E eu te pergunto:
como é que pode isso?
como é que eles não decaem todos juntos?

E quando sobrar só um, quanto tempo ele vai levar pra decair?

A natureza é um mistério, isso é que eu vou dizer.
E se você souber a resposta me conte. Eu juro, não conto pra mais ninguém!