Sentido

Qual o sentido da vida?
E qual o problema em se ficar tanto tempo sozinho?
E porque ser igual (igual ao que querem que sejam)
ao invés de ser diferente (diferente do que esperam, mas igual ao que a gente quer ser?)

Não seria uma característica boa se satisfazer com as coisas da mente?
E não é tanto melhor que sejam da nossa própria mente?
Porque as pessoas então preferem colocar monstros nas suas cabeças,
preferem colocar o medo, o feio, o triste em suas mentes?

E se faço uma coisa boa estando bêbado ou chapado, a coisa deixa de ser boa?
Ou a ebriedade deixa de ser ruim?

Quem sabe o que é certo em um mundo aonde tantas coisas acontecem errado?
Como pode qualquer pessoa saber o que é certo?
Não seria melhor cada um cuidar, e muito bem, da sua vida e de tudo que lhe convém?
E cuidar também, muito bem, tudo que da vida advém, pois assim é o Tao da existência...

O ir e vir, o aglomerar e o dissolver, o expandir e o recolher...

E o fluxo de energias da existência, invisível aos olhos e somente perceptível àqueles que poucos monstros alimentam em si, para muito cuidarem das idéias e das coisas da vida...

E, na mesma medida que não nos convém deixar nossas coisas pra trás,
da mesma maneira que tudo que não presta deve ser bem fechado no lixo e colocado pra fora no dia certo,
e da mesma maneira que a gente perde o controle e explode e chora,
na mesma medida de todas as coisas da existência, nossa única dívida é com os próprios monstros que criamos.

Um Universo que tudo provê, saido do nada...
Em que tudo, mesmo sendo de uma raridade infinita, existe em abundância inacreditável, espalhada por oásis de estrelas em meio à escuridão energética do espaço...

E mesmo nosso Sol, estrela pequena no meio de tudo, tão longe (e tão perto) da Terra... E a pequena fração de energia que dele chega aqui, mesmo isso tudo que precisamos provê. E tudo o que falta no mundo falta porque falta na nossa cabeça, nossa mente e no nosso coração.

Então que mal há em ao invés de mudar o mundo eu mudar eu mesmo?
e se ninguém gostar de mim, que pena que seja assim!
(porque não posso mudar o que Eu Sou! de nada vale o mundo se eu me perder)