Em um Universo praticamente infinito de vazio,
onde a luz percorre sozinha 8 minutos ao sair do Sol em extremo vazio (vazio pra gente, porque depois que o lugar existe nunca mais pode ser vazio, não é?) até chegar na Terra... e volta e meia cai em outro planeta, perdido no meio de tudo...
(Se o Sol fosse uma bola de futebol brilhante, nosso planeta estaria a 1km de distância do tamanho de uma ervilha - azul)
E nos raros e poucos lugares aonde essa matéria e energia se aglomeram e reverberam, os próprios átomos que a compõe são tão espaçados que neles quase tudo é vazio também...
Talvez um buraco negro, justamente com esse nome, seja por dentro o lugar mais brilhante e cheio do Universo!
E nesse vazio de tudo,
nós,
e nosso pensamento que não pára e nos mostra que dentro de tudo isso existe algo incessante, como nossa mente. Por dentro nós não paramos. Nem no corpo nem na mente.
A busca pelo vazio levou monges e pessoas a meditarem por vidas e vidas até descobrirem que em toda essa vastidão, o maior segredo de todos reside dentro delas mesmas.
Seres que possuem algo do Cósmico em si, pois tem consciência. E, mais do que isso, possuem algo do Cósmico em si, porque tem VIDA.
A vida do corpo se explicada de maneira material até se entende,
mas e a existência desse grilo falante que não para, que busca o mundo incessantemente (e que busca fugir do mundo incessantemente também)?
Mas o caminho pra dentro é lento, e às vezes doído de ver, largar, mudar, acreditar que a responsabilidade, realmente, está em nós, e que não há a quem culpar pela nossa desgraça...
Pela nossa falta de educação,
pela nossa desgraça,
pelas nossas guerras,
pelo nosso ódio,
por tudo que alimentamos e sintonizamos enquanto estamos vivos de verdade,
ou enquanto estamos passando pela vida dormindo acordados,
e porque saber gostar de si e transbordar isso pro mundo, como diria o Zaratustra de Nietzsche, é a melhor maneira de amar a vida.
(Zaratustra que matou não o Deus que cria tudo através da matemática em suas palavras e leis que criam e regem mundos perfeitos, mas sim o mesmo Deus que Stephen Hawking acredita, que pode fazer milagres e mudar o curso da vida seu bel prazer.
Mais humano do que divino, mais limitado do que infinito, e o Deus que realmente criou tudo não pode nos ser concebido assim como nosso pensamento por mais rápido que viage no infinito nunca conseguirá chegar no fim, aonde tudo está se expandindo pra limites ainda mais amplos nesse exato momento....)
E saber dizer não,
e saber dizer sim,
e saber o que é importante,
porque a vida passa em um instante...
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