Texto: Cátia Reis
" O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713,
estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube:"
2 comentários:
Que experiência massa, faz pensar mesmo. Valeu por compartilhar Gaz!
I saw web 2.0 video video "the machine is us/ing us" and than I looked up for the blog mentioned "beyondtext.blogspot" and then I found the comment you left there. It caused me a bit of a surprise that although the video has been watched over 6,000,0000 times, it seems very few visitors have visited the blog; only four comments on the post and just 30 or so profile views...
And there it was, your comment on we, being the machine that is consuming the planet...
Nice both, the comment put on a place that seems to be a web dead end, and this video, showing the flow of notes on the flow of people
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