11 setembro 2008

Quando o Luxo vem Sem Etiqueta

Texto: Cátia Reis

" O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.

Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713,
estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.

Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.

O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube:"

2 comentários:

Anônimo disse...

Que experiência massa, faz pensar mesmo. Valeu por compartilhar Gaz!

Anônimo disse...

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And there it was, your comment on we, being the machine that is consuming the planet...

Nice both, the comment put on a place that seems to be a web dead end, and this video, showing the flow of notes on the flow of people