05 dezembro 2007

Quem é o Inimigo, Quem é Você?


Depois de ouvir a história da moto do meu ex-professor de TaeKwonDo que foi roubada em Floripa, hoje vou tranqüilamente almoçar num restaurante por quilo perto de casa. É uma região bem calma ali, por sinal, perto do Expoente Boa Vista. O dito restaurante, pequeno e simples, tinha sido recém assaltado. Elas meio assustadas ainda, levaram bolsa, levaram coisas de fregueses, enfim, uma zoeira.

Aí fico pensando, aonde chegamos? Um lugar aonde lutamos pra ganhar mais, pra alguém simplesmente ir lá e pegar. Ontem mesmo eu estava pensando em cifras, em como várias pessoas que se formaram comigo estão ganhando mais (e estão registradas, não no regime autônomo com aposentadoria de pró-labore de R$350,00 por mês), e aí fico matutando. Tá Gastão, mas você tem o horário mais livre, e você não tem um único chefe, tem vários e eles dividem a sua atenção. Além do mais você tem possibilidades a mais, por ter tempo, e tem tempo de escrever blog e criar podcasts e de vez em quando pode até dormir até mais tarde.

Hoje cheguei à conclusão que estou no caminho certo. Trabalho, sim, o necessário. Ganho, também, o necessário. Tem quem trabalhe pra caramba e ganhe pra caramba, mas não é assim que quero. Aliás, também não vou usar o tempo livre pra ficar em casa assistindo TV, mas pra pesquisar coisas que gosto, gravar musiquinhas no Mac (passou o trauma, já passou)...

Fazer da minha vida algo que valha à pena, principalmente pra mim.
Pra que trocar de carro? Meu Fiesta ainda está mais do que bom pra mim. Além do mais, não chama muita atenção. Preciso de um carro que seja gostoso de andar e que não dê oficina. Quando vejo, percebo que tenho o que preciso. Percebo que realmente não há razão pra eu me comparar com um sistema completo feito de status.

Agora só preciso achar meu lugar, me desapegar mais e mais de tudo isso que a humanidade criou e entrar no novo, pois é lá que eu vivo, e lá que me sinto feliz. O meu presente agora é aqui e agora, mas fica no futuro. Dureza entender né? Mas é como se meu mundo estivesse levemente deslocado da realidade das massas. Não que seja melhor, nem pior, mas pra mim é legal.

Acho que o esquema é como Fernão Capelo Gaivota... deixa as gaivotas se matarem por migalhas, por peixes jogados do barco, e vamos voar.

é assim que somos. No nosso mundo não existem inimigos. Existem malas. Mas nós os perdoamos. (Pai,) Eles não sabem o que fazem.

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Um comentário:

dona_mariposa disse...

ai, menino gaivota... às vezes eu acho que vc é uma das poucas pessoas que pensam numa linha parecida com a minha. queria tanto poder te ter por perto para poder tomar um sorvete num iníco de noite quente e jogar conversa fora. =)
beijocas.