Só há como perceber o poder da liberdade quando estamos sentindo a própria vida fluir no sangue... Quando o agora existe ininterruptamente como um ontem e um amanhã simultâneos.
Pobres daqueles que mesmo com seus conhecimentos avançados e contas bancárias recheadas não conseguem achar a riqueza que dorme sob seu próprio nariz... A vida, em sua plenitude, e a possibilidade de interagirmos profundamente com as mais diversas pessoas e situações.
Quem descobre o prazer e o poder de estar vivo, tendo consciência dos limites de impotência (digamos assim, com um pouco de humildade) acaba por romper uma das últimas amarras que tanto oprimem a vida de tantas pessoas: a crença de que a humanidade sabe o que faz e de que viver pra trabalhar é mais importante do que viver para viver.
Claro, é muito bom ter um trampo, e muito bom ter dindin no final do mês (e no começo e no meio), mas isso tem que vir acrescido de TESÃO pela vida. Elemento esse indispensável pra que saibamos que mais importante do viver muito é viver bem, mais importante do que beijar milhares de mulheres é beijar as que valem à pena, mais divertido do que tomar uma garrafa de vinho ruim é tomar uma taça de vinho bom...
Porque demora tanto pra aprender isso?
:)
Antes tarde do que nunca! Saciar a sede de vida com o que há de melhor, que certamente está na mágica das pequenas coisas inseridas em contextos ilusórios dos quais participamos como atores, pegando um pouco de tudo, e sabendo que o melhor não é o que tem mais, e que a quantidade é apenas um fator de medição que é relativo à propria substância medida...
que nossa mente esteja longe, esteja em nós mesmos...
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