Algumas mudanças de padrões só ocorrem com alterações do comportamento coletivo. A internet existe porque as pessoas precisaram dela. Assim, havendo uma pequena repriorização de valores, coisa tratada internamente sem muito esforço ou fadiga, a mudança coletiva é muito, mas muito grande.
Os meios de comunicação, que teriam poder quase que instantâneo de conscientização, obviamente vêem na mente livre (que não é pra mim o mesmo que liberdade de pensamento) um grande perigo. Um grande perigo, é claro, pelas suas diversas frentes de atuação. Um perigo pois representa mudança, e para quem tem poder e dinheiro mudança normalmente significa perder o que tanto se tem apego.
Mas a resistência continua, dia a dia, um a um. Catando milho, trocando frases, uma galera, mas uma galera mesmo caminha junto. Isso a mídia não mostra. Isso só tem acesso quem eleva a si próprio ao cargo de auxiliar, mesmo que esporádico, da natureza, de Deus, do mundo... ajudando a reverter instantaneamente algo que poderia perdurar por muito tempo.
A inteligência tem disso. Ela destrói milhões de anos de criação todos os dias, mas também poderia na mesma velocidade parar, respirar e voltar a florescer em conjunto com o planeta. Planeta este que provavelmente é um ser vivo também, com delicado equilíbrio orgânico que não vem sendo respeitado.
O que importa nisso tudo? Geeente, é tanta gente, mas tanta gente que não está aberta a sugestões e que tem que observar um exemplo vivo antes de entender. Entender que a vida é mais que todo mundo se matando de produzir e consumir. Entender que nós somos mais do que cidadãos e consumidores, que nós somos seres VIVOS! :)
Mas o processo interno gera sofrimento também, claro. São mudanças de hábitos antigos, novos riscos. Novos ares. E muitos cortes, muitas pressões, lentamente lapidam a pedra filosofal do coração para um estado mais duro e puro, mais organizado, mais unido, mais diamante.
Mas, sofrer, todo mundo sofre mesmo! Que seja então por algo que reduzirá o sofrimento futuro, e não um ciclo de sofrimentos aleatórios desencadeados não pelo mundo, mas pelos apegos que nós mesmos temos.
E por fim uma nova premissa que vou testar diariamente até que se torne meio que rotina, se não falhar. É o efeito inverso da cidade grande, que deixa a mente atiçada, estricnada e cheia de atributos. Acredito que a execução das tarefas em um tempo menor apenas mostra mais rápido a necessidade de novas tarefas. Assim sendo, ao invés de lutarmos para fazer cada vez mais coisas em um dia, deveríamos fazer o contrário, e cortar pela metade o que fazemos! Só deixaríamos as coisas mais importantes e provavelmente faríamos de coração.
I am trying... and believe, I think it is true.
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