16 maio 2011

Vendendo Barato O Que Não Tem Preço



O que vale à pena mesmo no mundo são as pessoas que valem à pena. Dia desses estava pensando como seria bom poder saber se uma pessoa é boa ou não. Daí depois mudei de idéia, que se fosse possível ver as pessoas boas, qualquer um com uma intenção segunda poderia se aproveitar dela, pois saberia que é boa e tem mais chances de ser enganada.

Mas é daí?

Quem não se deixa levar pelas tolices e enganos da vida, talvez perca também os acertos inesperados... E quem não vende barato a si mesmo? E quem sabe o que vale? Tentando fazer que todos fiquem iguais, o mundo quer pra si nossa alma, nossa essência, quer que a troquemos por produtos que dão mais poder dinheiro e prazer para os mesmos que já o tem. Querem nossa liberdade de pensamento. Querem nossa alma. Querem nossa vida...

Tudo bem que a vida é dura, e trabalhar vai fazer parte dela, e isso pode ser divertido quando gostamos do que fazemos e quando não nos tornamos o tal robô tão desejado nos meios de produção. (A fábrica da Lego , aqueles simples cubinhos plásticos, tem quase praticamente somente máquinas automatizadas triturando, injetando plástico e organizando peças. Até a coleta é feita por um robô. Uma pessoa somente supervisiona as máquinas que fabricam as peças. Todos os outros funcionários são para realizar trabalhos que precisam ser realizados por pessoas, como design dos produtos, invenção de novos kits, montagens malucas, solução dos problemas logísticos e de vendas, manutenção e limpeza. --- As fábricas Gigabyte na China, de placas-mãe altamente tecnológicas de computadores, utilizam funcionários para realizar trabalhos repetitivos em quase todas as funções e quase tudo é montado manualmente, somente com auxílio de máquinas para soldas e posicionamento. Muito trabalho pouca realização.)

Mas depois de tudo isso sobramos nós,
sozinhos com nós mesmos e nossas criações no planeta azul,
(e sabe-se bem que cada um transita sempre entre suas próprias criaturas e criações)
e muitos sem saber o que fazer,
e o que se tem que fazer é:
fazer, fazer e fazer...
e nesse meio de caminho conhecemos tantas pessoas que fazem tanta coisa valer à pena,
que a simples oportunidade de fazer parte da vida dessas pessoas já é a recompensa,
sem que muitos sequer se dêem conta disso.

A recompensa somos nós.

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