29 abril 2011
Sonhando Acordado
A leveza da vida está em exigir pouco e fazer muito. Ao sonharmos acordados, idealizando coisas melhores, a vida nos ajuda. O progresso é parte da marcha do Universo, é a prova de sua inteligência e não pode ser parado ou detido em nenhuma esfera, sob pena de estagnação e decomposição, para que as partes desmontadas possam dar origem a novas e ativas criações.
Não é buscando a alegria tola que os pensamentos positivos ajudam, mas sim auxiliando a descartar a maioria das coisas ruins que existem, como compreensão de que já fazemos muito como humanidade egoísta que somos. Esquecendo a parte ruim da vida, sobra mais tempo para um exercício que não tem falha na "levitação" de estado de espírito: o aprendizado.
- Está com fome? Dá pra aprender a cozinhar. Já sabe? Dá pra aprender receitas avançadas;
- Adora computador? Dá pra aprender a desenhar, a jogar, a entender a máquina;
- Gosta de água? Aprender a nadar;
- Está nervoso(a)? Aprender a lutar;
- Está cansado(a)? Dá pra fechar os olhos (que consomem parte enorme da energia do cérebro) e utilizar a energia e consciência excendentes para mergulhar em si mesmo, perceber a relação entre nós e o mundo, pois somente este é o ponto de contato entre a realidade e o sonho. O ponto exato entre a alma, o sonho, o espírito e o corpo com a realidade, está exatamente aonde a mente fecha os olhos para fora e entra, mesmo que por um segundo e superficialmente, a realidade interior;
O aprendizado e a interiorização levam a um conhecimento básico de o que queremos e o que podemos oferecer à vida. Quando ela acha que nossa barganha é justa, ela nos auxilia de maneiras até mesmo inacreditáveis. Crê quem crê, e eu posso estar falando baboseira... mas... só existe uma maneira de saber: testar. Entregar a vida para a vida. A vida vivida somente pra gente é fechada em um disco pequeno e riscado. O medo da vida faz parte, mas a entrega vertiginosa é a recompensa.
Está tudo ficando pra trás...
e o novo toma conta, lentamente
pra quem não se entrega, o sofrimento,
pra quem não acolhe a morte, o medo do tempo...
pra quem não acolhe a vida, o medo de si mesmo.
(Quanto perdemos por ainda estarmos trabalhando vivendo e dormindo com os olhos fechados, se poderíamos ser muito mais felizes sonhando acordados.)
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