04 fevereiro 2009

Posso Ser Feliz Só Um Pouquinho?


Existe uma razão pra falarmos tanto em crise.
Existe uma razão para vermos tantas atrocidades no noticiário (se é que vemos noticiário).

Renato Russo já dizia ("os assassinos estão livres, nós não estamos"),
Bob Marley já dizia ("None but ourselves can free our mind"),

trata-se de uma liberdade de crença,
trata-se de uma liberdade em relação à nossa própria mente.

Não sei isso é consciente, ou se são Aliens Reptilianos controlando os poderosos, ou se a soma dos inconscientes coletivos resulta nessa humanidade que vemos com tantos problemas e tão infeliz. Independente da causa de tanta tristeza e desgraça recaindo sobre essas criaturas, causadas obviamente não mais do que por si mesmas, parece que não se cansam de sustentar os pilares das edificações desses padrões de comportamento e pensamento.

Como podem impulsos elétricos e ligações sinápticas fazerem nossa consciência falar e agir através de 15 bilhões de células nervosas que funcionam em conjunto e montam um ser autoconsciente?

Porque uma criança consegue pegar um palm top ou celular e em instantes já descobrir seu funcionamento, e uma pessoa de idade não? Será pelas redes nervosas ou por padrões de pensamento?

A humanidade achou que ia encontrar paz no conforto.
Chegou o século 19 e 20 com toda a modernidade, e depois com a eletricidade, água encanada, coisas boas da vida, banho quente.

Não ficou feliz.

Então vem a tecnologia. Transistores, baterias, circuitos integrados, processadores, computadores cada vez mais complexos e rápidos e tudo isso em menos de 50 anos!

Mas ainda não ficou feliz...

Aí, tem as drogas!!


Para alguns, o alívio. Para outros, o começo de um novo problema, o vício!
E sabemos que fantasma gigante, que dragão interno se torna um vício através da análise de qualquer coisa da vida que somos viciados.
Computador, açúcar, café, TV...
Mas em alguns casos, tipo o daquela famosa que está se estrupiando e morrendo viva pelos vícios, a Amy... ou outros que já foram. Nesses, o alívio do vício se tornou tão profundo que beira a audodestruição (malditas novas regras de português, acho que nunca saberei escrever certo de novo! porque ao invés de tirar trema não tiraram o chapéu dos porquês?) ou vai até o desfecho derradeiro: a morte. Isso é, o desfecho derradeiro do lado de cá. Vai saber o que acontece...

Kurt Cobain e seus fantasmas monstruosos, regados a heroína e um suicídio duvidoso no final.
Ele queria ter uma banda e tocar.
Conseguiu.
E não ficou feliz.

Estou começando a perceber que pra ser feliz tem que ser feliz com o que se tem...
Tava lembrando de quando eu sabia que só existia o agora o tempo todo.

A eternidade nada mais é do que um nome pra manifestação do agora o tempo todo.
O infinito do espaço é um nome que se dá pra manifestação de só existir o aqui em todo o lugar.
Mas no fundo só há um tempo.
E só há um lugar.

E aí tudo fica bem...
será que dá pra ser feliz só um pouquinho?

(e nada dura pra sempre, só a eternidade)

Nenhum comentário: