14 julho 2008

Como Mais que Aguentar, Viver em Paz?



Em momentos críticos da humanidade, nada mais do que repetecos do passado em ritmo alucinado, as invasões de países e opressão política (graças aos interesses econômicos), os erros da polícia e o abuso do poder e o medo se propagam em velocidade astronômica, enquanto a beleza e a harmonia mantém sempre a velocidade de cruzeiro.

Aguentar já é difícil. Quantos casos de alcolismo, dependência química, remédios pra dormir, remédios pra acordar, remédios pra estabilizar o humor. Nada disso surge no corpo, mas sim na nossa mente. Uma mente que é bombardeada diariamente com as mais terríveis notícias, em um mundo desesperançado, parece que o efeito bola de neve mantém as coisas como estão, tirando muitas vezes a esperança daqueles que vivem em paz, tornando-os amargos.

Aguentar é difícil, pois não é natural vermos tanta estupidez, tanto roubo, tanta violência. Cada assalto somos todos que pagamos, e como diz o profeta de Kahlil Gibran, somos todos assaltantes. Resposáveis pelas falhas que nossa própria raça humana cria. Mas ver que alguém assaltou de nada resolve nossos problemas, triste daqueles que arriscam suas vidas por dinheiro, extinguindo a capacidade de fazer algo pelo conjunto, pelos humanos que tanto precisam cada vez mais de atitudes e de pessoas de bem.

Triste daqueles que morrem banalmente, mas mais triste são os que procuram essa morte. Um acidente é um acidente, mas aquele que se arrisca por banalidades procura a porteira do além. Antes se arriscasse pelo prazer, pra sentir que está vivo ou por outra razão qualquer.

Aliás, porteira essa que um dia, mais cedo, mais tarde, atravessaremos também. Que nos sirva de consolo que essa vida nada mais é que um instante no planeta, e que nós somos pouco mais que um grão de areia. Que possamos ter força pra sempre saber que o pouco que temos não é nosso, mas sim do próprio Universo que gerou toda matéria. Todo dinheiro é um símbolo, e os ladrões e corruptos são os responsáveis pelos seus atos e pela própria opressão gerada pela necessidade de polícia.

Que possamos ter nossa consciência limpa pra vermos a beleza do mundo, da natureza que nada nos cobra. Que cobremos sempre o que é nosso, mas nunca tomemos o que não nos pertence. Aliás, que possamos ver que na realidade nada nos pertence. Temos coisas que registramos em nosso nome e que um governo que é convencionado diz que é nosso, mas que em realidade profunda nada mais é do que matéria feita nas estrelas, no núcleo delas, e que voltará sempre ao Universo. Nossas posses são fictícias.

E que possamos prometer somente o que podemos cumprir, especialmente para as crianças. Elas não esquecem promessas. E por último, que possamos ser felizes, e que acreditemos que merecemos, pois somos feitos pra isso, somos feitos uns pros outros, somos feitos pra ser felizes!

Libertemo-nos da mentira do mundo que os homens criaram!

02 julho 2008

Onde Estou Agora?

nuvens
O vídeo da semana aqui já virou vídeo do mês. Faz tempo que não coloco nada de novo em mais uma grande pausa de interação. Porque deixo tantas vezes de fazer as coisas que me motivam e me deixam feliz, as coisas positivas, tocar, ouvir música no último volume, pular, escrever e ler, para fazer as coisas que o mundo quer que eu faça? Claro, trabalhar é importante, dá um $$, dá satisfação, torna nossa capacidade mais útil e aplicável na prática, mas enfim, não dá pra ouvir só o que o mundo precisa.

Daí a gente vai deixando... estamos trabalhando demais, e a vida está difícil, e não sei o que mais que tentam nos convencer, e é perigoso, e é isso, e é aquilo, e no fundo no fundo tudo isso não tem nada a ver!

O que existe é um mundo cheio de pessoas buscando suas realizações e verdades, pessoas como nós, com medos, com bondade, com uma cabecinha que pensa como nós e sofre como a nossa (ou mais, ou menos), mas a verdade é que sempre aparenta que a vida dos outros é mais fácil né? pois é, do lado de dentro tudo fica diferente. Os pesos são diferentes, as idéias são diferentes. Mas a essência é a mesma.

E nessa nossa criação, de um mundo de trabalho exagerado e desemprego se desequilibrando como várias outras coisas que os humanos fazem, sobra espaço e tempo só pra pensar: porque estou fazendo assim?

Porque?

Logo eu, que acredito que tenho que ficar em paz e viver bem, quando começo a lidar com as coisas da materialidade e da vida já começo a pensar demais, a me preocupar com trabalho, com grana, com tudo que, no fundo, nunca me faltou! Que medos estranhos existem nessa atual sociedade humana. Muitos medos desses nem são verdadeiros...

Mas o desabafo é pra manifestar que lembrei! Lembrei que estou vivo, que a natureza nos dá muito mais do que precisamos e que nós mesmos é que abusamos dela, e criamos necessidades que não existem, gerando trabalho que não é necessário e deixando que o importante mesmo, que é fazer o mundo dar certo pra todos, fica de lado.

E como tem coisa pra fazer...

Mas hoje vai ser trabalhar, chegar em casa e ler... ler não pra esquecer da vida, mas pra lembrar dela.